A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou, na segunda-feira (6), o recolhimento de 78 cosméticos de diferentes marcas por descumprirem exigências de segurança. A decisão suspende a fabricação, comercialização, distribuição, propaganda e uso desses produtos em todo o território nacional.
As empresas notificadas são a Cosmoética Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda, a +Briefing Agência de Publicidade e Representações Ltda, responsável pela marca Ozonteck, e a Vegan do Brasil Indústria de Cosméticos Ltda, fabricante da Truss Máscara Capilar Selante Blond.
Segundo a Anvisa, os produtos foram apenas notificados, e não registrados oficialmente, como exige a legislação sanitária. A notificação é um procedimento simplificado, aplicado a cosméticos de baixo risco, mas não substitui o registro completo, que exige testes de segurança e eficácia antes da venda ao consumidor.
“Somente o registro garante que o produto passou por todos os controles necessários para assegurar que não representa risco à saúde”, informou a agência.
A ausência desse registro motivou a suspensão imediata de todos os lotes relacionados às empresas envolvidas. Até o momento, nenhuma das fabricantes se manifestou sobre a decisão.
Marcas e linhas atingidas
Entre os produtos proibidos estão progressivas, botox capilares, máscaras e selagens de diferentes marcas conhecidas no mercado de beleza, como Buran Profissional, MS Professional, Triviê, Liberty Hair, Luna System, Savassi, Ledebut, Forest Hair, Kalainne e Ozonteck.
Também foram incluídos na lista itens de ozonioterapia da marca Ozonteck, como sabonetes líquidos, tônicos capilares, cremes dentais e géis corporais ozonizados.
A lista completa dos 78 produtos está disponível no site da Anvisa e inclui linhas de realinhamento térmico, selagens e botox capilares, de diferentes fabricantes e formulações.
Com a medida, as empresas devem recolher os produtos já distribuídos e interromper todas as atividades relacionadas a eles. A Anvisa também orienta consumidores e salões de beleza a suspenderem o uso imediatamente, evitando riscos de alergias, queimaduras ou danos capilares.
“O consumidor não deve utilizar produtos sem registro, mesmo que amplamente divulgados nas redes sociais. O uso pode trazer sérios riscos à saúde”, reforçou o órgão.
A agência informou que a fiscalização de cosméticos tem sido ampliada diante do aumento de produtos irregulares vendidos pela internet e em salões de beleza. A meta é garantir que apenas cosméticos testados e autorizados estejam disponíveis ao público.
Até o momento, nenhum caso grave de intoxicação ou reação adversa foi oficialmente registrado em decorrência dos produtos suspensos, mas a Anvisa mantém monitoramento ativo em parceria com secretarias estaduais de saúde.
Com informações do SBT News
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