Wilson Aquino*
O que sabemos sobre a vida após a morte? A pergunta tem sido feita pelo homem desde o começo da sua existência. E apesar de sempre existir aqueles que não acreditam que ela continua após a morte do corpo físico, as Escrituras Sagradas provam ao contrário: que o espírito é imortal e que o homem justo e honesto pode sim viver eternamente e em condições muito melhores que aqueles, iníquos, que praticaram o mal para com o próximo e perante Deus, Criador do Céu e da Terra.
A vida eterna é o maior dom de Deus dado ao homem. “A vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”, diz a Escritura em João (17:3). Observe que nela está explícito também o objetivo do homem neste plano: cada qual deve descobrir por si só que Deus é o Senhor de todas as coisas e Nosso Pai Celestial, aquele que enviou Seu Filho Unigênito para nos mostrar o Caminho, a Verdade e a Vida. A Luz da Salvação.
É como se a vida na Terra fosse um grande vestibular pelo qual todos devemos trabalhar pela aprovação, sem nos lembrar de quem realmente somos e de onde viemos, para que isso não interfira em nosso livre arbítrio de trilharmos ou não o caminho justo e honesto, louvando e enaltecendo o nome de Deus, ao menos no final da jornada.
As Escrituras Sagradas também nos revelam onde todos estávamos antes de virmos à Terra para nos aperfeiçoarmos. Apesar de muitas igrejas rejeitarem essa ideia de que existíamos antes de assumirmos um corpo de carne e ossos neste plano, elas provam ao contrário, como Ele mesmo diz: “Onde estavas tu, quando eu fundava a Terra? Faze-me saber, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se tu o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre o que estão fundadas as suas bases? Ou quem assentou a sua pedra de esquina? Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus Jubilavam? ” (Jó 38:4-7).
Observe que o Senhor afirma categoricamente que “TODOS OS FILHOS” Dele jubilavam. Logo, eu e você, todos nós, aqueles que já se foram, que aqui estão e também aqueles que ainda virão, estávamos sim, lá, em algum lugar, no Céu, junto com Ele e Jesus Cristo.
Se todos aqui estamos para descobrirmos e aceitarmos o poder e glória de Deus e de Jesus Cristo, a questão é: para onde irão aqueles que não aceitaram essa verdade Divina, mas que levaram uma vida justa e honesta, sem maldades? E aqueles que cometeram crimes, bárbaros inclusive? É justo que fiquem no mesmo lugar? A resposta, com base nas Escrituras é: não! Pois o Senhor preparou lugares distintos a todos os seus filhos, de acordo com a vida que levaram na Terra. As Escrituras ensinam sobre três reinos de glória: Reino Celestial, Reino Terrestre e Reino Telestial. O que vai determinar para qual deles iremos será o tipo de vida que decidimos levar hoje.
No livro (sagrado) Doutrina e Convênios (de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias) a descrição de cada reino:
CELESTIAL – “Esses são os que receberam o testemunho de Jesus e creram em seu nome e foram batizados (…) que, guardando os mandamentos, [puderam ser] lavados e purificados de todos os seus pecados e [receberam] o Santo Espírito”. (DeC 76:51-53)
TERRESTRE – Para esse reino irão aqueles que rejeitaram o Evangelho na Terra, mas que o receberam depois no Mundo Espiritual. São as pessoas honradas, mas que foram cegadas para o Evangelho de Jesus Cristo pelas artimanhas dos homens. São também aqueles que receberam o Evangelho e um testemunho de Jesus, mas que depois não foram valentes. (DeC 76:73-79)
TELESTE – Esses não receberam o Evangelho nem o testemunho de Jesus Cristo na Terra nem no mundo Espiritual. São os mentirosos e feiticeiros e adúlteros e libertinos; e todo aquele que ama e inventa a mentira.
TREVAS EXTERIORES – São aqueles que ganharam testemunho de Jesus, por intermédio do Espírito Santo e conheceram o poder do Senhor, mas deixaram que Satanás se apoderasse deles. Negaram a verdade e desafiaram o Poder de Deus.
Ao tomarmos conhecimento desses mundos, e dos objetivos de estarmos aqui, todos temos o poder e a capacidade de darmos novos rumos às nossas vidas, procurando, a partir de agora, levarmos uma vida digna e honesta e nos aproximarmos mais de Deus. Ele é o único capaz de nos proporcionar, ainda nesta vida, a verdadeira felicidade individual e familiar, independentemente do tamanho e peso do fardo que carregamos.
*Jornalista e Professor