Imagine voltar 20 anos no tempo e dizer para seu “eu” do passado que os filmes de super-herói, começando por Blade, seriam as franquias mais rentáveis na indústria. Pensando por esse lado, poderíamos até investir em ações da Marvel que naquela época estava respirando por aparelhos financeiramente. Mas o mundo dá voltas e depois do arco do infinito estamos entrando em uma nova era, depois das figuras mais marcantes como Robert Downey Jr. e Chris Evans estarem fora desses planos.
Nessa nova etapa, pelo o que tem se desenrolado vemos os vingadores passando o bastão para aqueles coadjuvantes que acenderam e também foram as escolhas mais óbvias. “Viúva Negra” deveria ter sido lançado no ano passado, e foi um dos filmes que o Kevin Feige brigou com o alto escalão da Disney para que acontecesse junto com outras empreitadas. Esse filme acontece depois da guerra civil; Natasha juntamente com os rebelados buscam refúgio em outros países já que são procurados nos Estados Unidos. Fica evidente o tom da diretora Cate Shortland quando o filme assume a ação dentro de si, mas com muita maturidade revelando o que tem de melhor nessa personagem.
.Para aqueles que torceram a cara e dizendo: Pra que fazer um filme de um personagem que já morreu? Bom, porque precisamos ver a origem dessa personagem e por mais que isso não seja a origem propriamente dita da Natasha, mas sim de Yelena. E acabamos vendo a passagem de bastão para a nova Viúva Negra que está em uma missão de libertar as outras Viúvas do controle de Dreykov. Aliás, esse personagem ficaria perfeito com mais profundidade, e o papel cairia como uma luva para James Gandolfini, que infelizmente já faleceu.
Viúva Negra tem uma cara diferente do que vimos da personagem no universo Marvel até agora, parecido quando vimos o “Thor: Ragnarok” com aquelas cores e o humor autodepreciativo do Taika Waititi. A série do Loki o coloca com um personagem importante nessa nova fase, já que está ligado a AVT e as linhas dos tempo paralelas.
O Deus da mentira juntamente com sua variante feminina encontraram o guardião de todas as realidades que podava eventos nexus e, depois de enganar o Loki de 2012, sua variante matou o chamado “aquele que permanece”; com isso, as ramificações passaram do limite do que a AVT pode controlar, gerando também o dilema dessa nova fase. Para compreender os filmes que serão lançados no streaming teremos também de acompanhar as séries, já que tudo faz parte do cânone.
(Filipe Gonçalves)