Rodeo Fest Inclusivo leva inserção social, solidariedade e atividades à Expogenética

A ação foi idealizada pelo agropecuarista Rafael Azambuja (foto)  e Kaio Fernando Torres - Foto: Roberta Martins
A ação foi idealizada pelo agropecuarista Rafael Azambuja (foto) e Kaio Fernando Torres - Foto: Roberta Martins

Evento oferece atrações que vão de fazendinha à ecoterapia para crianças e serviços para as mamães

Começa hoje (30), a Expogenética e também o Rodeo Fest Inclusivo, uma ação que propõe dez dias de festa, cultura e solidariedade. Idealizado e organizado por Rafael Azambuja e Kaio Fernando Torres o evento une o tradicional rodeio à inclusão social. Na praça de alimentação, cinco ONGs de Campo Grande estarão presentes. Participam Ama CG, Instituto Juliano Varela, Amade, Cotolengo MS, Maná do Céu e Pro D Tea.

Foi através de ações sociais que o agropecuarista Rafael Azambuja decidiu atuar ativamente na causa da inlusão. Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado ele revelou como surgiu a ideia do Rodeio Fest Inclusivo. “Há cerca de três meses, realizei algumas ações de caridade de forma particular, fiz um leilão de cavalos e depois disso, conversei com a minha mãe e com o Kaio Fernando Torres, que também é um dos organizadores da ação, pedindo que me indicassem uma instituição voltada a crianças com deficiência. Foi assim que conheci o Instituto Juliano Varela e a Malu, cuja dedicação me inspirou profundamente. Fiz uma doação pessoal e, a partir desse contato, passei a olhar com mais sensibilidade para a causa da inclusão.”

O diferencial

Azambuja apontou as diferenças entre a festa convencional e o Rodeo Fest Inclusivo. “Nosso evento acontece nos mesmos moldes tradicionais, mas com o diferencial de ser totalmente inclusiva, com estandes, atividades e espaços adaptados. Serão mais de 40 estandes, incluindo a sala sensorial e a praça de alimentação, que estarão funcionando já no primeiro dia, juntamente com a abertura do rodeio. A feira integra-se à Expogenética e ao Campo Grande Rodeo Fest, com duração total de 10 dias, enquanto as ações sociais específicas para crianças e mães ocorrerão nos dias 4, 5 e 6 de novembro, oferecendo uma ampla programação de atividades adaptadas.”, explicou o agropecuarista.

Rafael Azambuja está otimista com a presença do público e acredita que será um sucesso. “O público esperado é expressivo, considerando que nas edições anteriores o evento recebeu cerca de 100 mil pessoas ao longo das 10 noites. Com a inclusão dessas ações sociais, a expectativa é de ampliar ainda mais esse público, envolvendo não apenas o público tradicional do agro, mas também as famílias das instituições participantes.”

As Associações

De acordo com Rafael, as associações que participam do evento possuem um papel de protagonismo na realização da ação inclusiva. “A participação das associações é significativa: o Juliano Varela atende cerca de 2 mil crianças, das quais estima-se que 500 famílias possam participar; o projeto Tocando em Frente e o programa Mãe Cuidar de Quem Cuida somam mais 2 mil famílias cadastradas. A iniciativa pretende garantir que essas famílias tenham acesso às atividades da feira, proporcionando experiências inclusivas e transformadoras, com engajamento real da comunidade e do setor agropecuário.”

“Estamos fazendo ajustes de acessibilidade para cadeirantes e criando salas sensoriais para acolher crianças com autismo, garantindo conforto para as famílias. Mais do que abrir um espaço simbólico, queremos promover inclusão real e mostrar ao público do agro o trabalho de excelência pedagógica e educacional dessas instituições. Ao visitar também o Cotolengo, percebi o quanto essas mães vivem sobrecarregadas e, muitas vezes, sem apoio. Por isso, decidi buscar o apoio de várias secretarias do Estado para realizar uma ação social especial voltada a elas, reunindo serviços e atendimentos que realmente possam fazer diferença em suas vidas.”, acrescentou Azambuja.

Os serviços

Durante esses três dias, o Parque de Exposições será totalmente adaptado e estará à disposição para atividades como ecoterapia, fazendinha, oficinas de pintura, dança, yoga, maquiagem artística e parede de escalada, com o apoio de uma equipe multidisciplinar formada por profissionais das instituições e das secretarias do Governo do Estado, garantindo segurança e acolhimento às crianças.

Expogenética

Azambuja explica que a Expogenética é mais do que um rodeio tradicional e que as ações inclusivas ocorrerão paralelamente com as provas do rodeio e destaca áreas especiais para crianças e suas mãe. “O que começa hoje reúne vários dias de competições, shows e exposições. Durante todo o evento, estaremos inseridos integralmente na programação da Expogenética, sem separações: o rodeio acontece enquanto as ações inclusivas também estão em andamento. Teremos áreas específicas para crianças com deficiência e suas mães, além de salas sensoriais preparadas para acolher crianças autistas ou com outras condições, em caso de desregulação. Essas salas ficam estrategicamente posicionadas em frente ao palco, permitindo que as mães possam assistir aos shows enquanto as crianças são atendidas com conforto e segurança em um ambiente lúdico e tranquilo.

“Além da atenção às crianças, o projeto também oferece apoio direto às mães, com oficinas rápidas de crochê e laços de cabelo, proporcionando momentos de aprendizado e lazer enquanto cuidam de suas famílias. Esse cuidado busca humanizar o atendimento, oferecendo atenção individualizada e valorizando a força e dedicação dessas mães, que muitas vezes se sentem isoladas ou sobrecarregadas. A iniciativa combina entretenimento com suporte emocional, promovendo uma experiência significativa para toda a família.”, acrescentou Rafael.

O futuro

Segundo Azambuja, a ideia agora é levar o projeto inclusivo para os municípios do Mato Grosso do Sul. “Vamos apresentar n aos prefeitos como um modelo pronto de feira acessível e ação social integrada. O projeto, que nasceu de uma iniciativa privada, poderá ser replicado em eventos locais, como as festas agropecuárias e tradicionais, a exemplo da Festa da Linguiça, da Festa do Ovo e tantas outras que movimentam o interior do Estado. A proposta é que cada cidade escolha as instituições parceiras locais e reserve um dia da programação de sua feira para realizar ações voltadas às pessoas com deficiência e suas famílias, com salas sensoriais, espaços acessíveis e atendimentos sociais. A experiência bem-sucedida em Campo Grande servirá como ‘maquete’ prática, demonstrando que é possível unir entretenimento, inclusão e responsabilidade social em qualquer município.”, finalizou Rafael Azambuja.

 

Amanda Ferreira

 

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