A cantora Rita Lee, 73, anunciou nesta quinta-feira (20) a descoberta de um tumor no pulmão no esquerdo. A informação foi divulgada pela conta oficial dela no Instagram. “Nossa Rita submeteu-se a um check-up no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Os exames apontaram um tumor primário no pulmão esquerdo”, escreveu a equipe. “‘Ela já se encontra em casa e dará sequência aos tratamentos de imuno e radioterapia.”
Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil — isso sem contar o câncer de pele não melanoma. O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são importantes fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Em cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco.
Além disso, os sintomas geralmente não aparecem até que o câncer esteja avançado, mas algumas pessoas com a doença em estágio inicial podem apresentar sinais. Os mais comuns são:
• Tosse persistente (nos fumantes, o ritmo habitual é alterado e aparecem crises em horários incomuns)
• Escarro com sangue;
• Dores no tórax (pioram ao tossir ou ao respirar fundo);
• Rouquidão;
• Piora da falta de ar;
• Perda de peso e de apetite;
• Pneumonia recorrente ou bronquite;
• Fadiga, sentir-se cansado ou fraco.
É importante ressaltar que todos os sintomas acima também podem ter outras causas, por isso é importante procurar o médico.
Tratamentos para o câncer de pulmão
É feito por uma equipe multidisciplinar composta por oncologistas, radioterapeutas e cirurgião torácico podem decidir qual tratamento é mais adequado para cada situação, com base em fatores como o tipo de câncer de pulmão, o tamanho, a localização e a extensão dos tumores, bem como o estado geral de saúde do paciente.
A equipe de Rita Lee, por exemplo, informou que a cantora irá fazer imunoterapia e radioterapia. E, de fato, as terapias podem ser prescritas em combinação ou isoladamente. Veja a seguir:
Imunoterapia: As células do câncer dispõem de mecanismos que confundem e freiam o sistema imunológico. Estudos do imunologista americano James P Allison e do japonês Tasuku Honjo (Nobel de Medicina 2018) proporcionaram, nos últimos anos, o desenvolvimento de medicamentos que permitem que o sistema imune reconheça as células do câncer para combatê-las de forma mais eficaz.
Segundo os médicos, as substâncias apresentaram resultados eficazes e duradouros com perfil baixo de toxicidade. Os inibidores de DP-1 e o inibidor de PD-L1 são exemplos de imunoterapia usados no câncer de pulmão de não pequenas células. O alto custo das drogas, porém, é um fator que limita o acesso.
Radioterapia: Aplicação de radiações ionizantes no local para destruir o tumor ou inibir seu crescimento. Pode ser usada antes da cirurgia, para reduzir o tumor, ou depois, para destruir células restantes, tratar metástases ou, ainda, como tratamento paliativo. Há várias modalidades diferentes de radioterapia. O tratamento é indolor e os efeitos colaterais mais frequentes são irritação na pele e fadiga.
Cirurgia: Consiste na remoção das partes do pulmão afetadas e dos gânglios linfáticos envolvidos. Pode ser curativa nas situações em que o câncer de pulmão foi descoberto em fase inicial.
Quimioterapia: Uso de medicamentos que são sabidamente eficientes em combater as células cancerosas. Podem ser usados juntos ou em combinação, e têm ação sistêmica, ou seja, células saudáveis também são afetadas. É feita em ciclos, em geral depois da cirurgia, mas também pode ser indicada antes para reduzir o tamanho do tumor. Alguns exemplos de drogas para esse tipo de câncer são: cisplatina, carboplatina, paclitaxel, nab-paclitaxel, docetaxel, gemcitabina, vinorelbina, irinotecano, etoposido e vinblastinaepemetrexede. Os efeitos colaterais incluem náuseas, vômitos, perda de cabelo e infecções, entre outros.
Terapia-alvo: Uso de medicamentos ou outras substâncias que impedem o crescimento e disseminação do tumor, causando pouco dano às células saudáveis. Há terapias para diversos tipos de câncer de pulmão com perfis moleculares específicos. É o caso do bevacizumabe e do ramucirumabe, que têm como foco o fator de crescimento endotelial vascular; erlotinibe, gefitinibe, afarinibe e osimertinibe e necitumumabe, com alvo o gene do receptor do fator de crescimento epidérmico; e ocrizotinibe, ceritinibe e alectinibe, para pacientes que têm como alvo o gene ALK. Os efeitos colaterais variam para cada terapia. (com informações da UOL)
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