Pawlick: A grife de vestidos renome da alta-costura no Brasil

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Foto: Bruno Vieira/Arquivo

Entrevistamos a empresária e estilista Luhana Pawlick, Diretora Criativa e Head de uma
das mais almejadas marcas de vestidos sofisticados com corte e caimento impecáveis

“Antes de vestir uma mulher, precisamos entender sua alma.”, esse era o lema de Gesoni Pawlick, fundador da marca de alta-costura no Brasil, a Pawlick. Há meio século a marca vem confeccionando o que há de melhor no mundo da moda, com vestidos de noivas e debutantes exclusivos, bordados em cristais europeus e aplicações de rendas francesas e italianas, além dos tecidos de altíssimo padrão. Em maio de 2017 o estilista faleceu e deixou o legado para sua filha Luhana Pawlick, que hoje atua como diretora criativa da grife.

Foi ela, a primogênita, quem inspirou toda a trajetória da carreira de Gesoni ao nascer.

Referência no Brasil, a Pawlick oferece aos seus clientes peças sofisticadas, com corte e caimento impecáveis. A junção do tradicional e moderno, e utilizando um aprimoramento da “moulage” – técnica francesa de modelagem no corpo –, faz com que a grife entregue vestidos únicos, confeccionados um a um, seguindo os elevados padrões de costura internacional, respeitando cada biótipo.

Luhana já atuou em todos os setores do atelier e da Maison Pawlick (loja de venda e locação da marca). Em 2010 ela assumiu a gerência da store e como sempre gostou do contato com o público, continuou atendendo as clientes sempre que era possível.

“Sempre me falavam que eu era a versão feminina de meu pai, tanto pelo atendimento, quanto pela parte criativa em customizações que fazia na hora, nos vestidos já prontos na Store”, revela orgulhosa em ter seu dom comparado ao de seu pai.

Em paralelo a isso, Luhana era responsável por cuidar dos desfiles e eventos que Gesoni Pawlick participava. Em 2012 passou a auxiliar na criação das coleções e no backstage do atelier como um todo. “Quando me formei em moda, e comecei a atender as clientes no atelier, na sala ao lado da dele, conversávamos muito sobre os atendimentos, tecidos novos e bordados diferentes. Quando eu não estava atendendo ficava de assistente dele, ajudando nas provas, mostrava as rendas e tecidos para as clientes, e no período que estávamos na produção, ficava colada nele aprendendo tudo que conseguia”, relembra.

Passado algum tempo, Luhana revela que o pai a chamou em sua sala e disse que ela já estava pronta para ter sua própria marca. “Continuei atendendo na sala ao lado dele, mas montei uma pequena equipe dentro do atelier e comecei com a marca Luhana Pawlick em 2015, era como se fosse uma ‘joint venture’. Estávamos com uma demanda gigantesca de roupas, entregávamos quase 60 vestidos feitos a mão por mês, com isso, muitos dos atendimentos que ele não tinha agenda para atender, direcionava para mim. Era uma parceria incrível”, relata.

Após 2 anos, em maio de 2017, Gesoni Pawlick faleceu, o baque foi grande para a família e para a moda brasileira. Segundo Luhana, a morte de seu pai pegou todos de surpresa. “Nunca imaginávamos que ele faleceria dois anos depois. Quando isso aconteceu, assumi o papel de diretora criativa também na grife Gesoni Pawlick, e minha mãe, que era o braço direito dele na produção, ajudou muito naquele período. Só no ano seguinte que fundimos as duas marcas em uma só, gerando a Pawlick, onde sou a Head e Diretora Criativa”, conta.

Na época em que seu pai faleceu, Luhana conta que descrenças frente ao seu trabalho eram muitas, uma vez que a genialidade de Gesoni erainquestionável e se tornou renome na alta moda brasileira. “Ele ganhou quatro vezes o prêmio ‘Agulha de Ouro’ em São Paulo, tinha muita visibilidade dentro e fora do país. Poucas pessoas acreditavam que eu conseguiria dar continuidade ao trabalho dele e entregar os mais de 50 vestidos que tínhamos em contrato. Foi um momento que além de triste para a família, foi nebuloso para a marca”, expõe.

Mas assim que os vestidos começaram a sair, Luhana lembra que os elogios e confiança foram dando lugar para a descredibilidade, levando-a a figurar inclusive na Vogue da Inglaterra. “A trajetória do meu pai daria um bestseller. Quem sabe do começo da carreira dele, um menino de rua que chegou ao topo, de onde ele veio e até onde ele foi, e mais, o tempo que se manteve como referência em vestidos de noiva e gala, entende o orgulho que tenho de fazer parte da história dessa maison icônica. Por mais que tenhamos unido as duas marcas, o legado e o nome dele será lembrado por muito tempo”, afirma.

Pawlick

Luhana diz que a marca registrada da Pawlick é justamente não ter uma. “Acredito que se fosse para elencar, seria a questão de entregarmos o vestido pronto com apenas uma prova! Mas a marca traz como premissa o que aprendi com meu pai e que destacou ele tanto tempo na alta moda brasileira: A qualidade e a autenticidade. Busco sempre fazer algo inovador, inesperado mas concreto; emocional porém crível e real. Uma peça que seja bela e delicada, mas vestível, que quando a cliente usa, reflete sua personalidade”.

Na Pawlick a autenticidade e a autoralidade são valores e diretrizes irretocáveis. Cada um dos vestidos é único, exclusivo, modelado no corpo com processo de ‘moulage’, são confeccionados um a um, por uma equipe que usa técnicas da alta-costura europeia, seguindo os altos padrões de costura e alfaiataria internacional.

Luhana acredita que seu estilo de trabalho está ligado a forma como recepciona e atende as pessoas, a maneira como conduz o processo de criação com a cliente. “Como estamos falando de uma peça única, exclusiva e sob medida, o estilo é único para cada cliente, pois a essência dela prevalece a tendências e modismos momentâneos. Procuro somar os anseios, ideias e características de cada cliente, com as belezas e inspirações que encontro em viagens, pesquisas e no próprio cotidiano, traduzindo esses elementos de forma criativa em uma moda moderna, dinâmica e ainda atemporal que transpira elegância e sofisticação sem ser artificial. Colocando a essência de cada cliente no vestido.”

A Pawlick conta com uma equipe de mais de 20 pessoas, entre costureiras, bordadeiras e modelistas, alguns deles trabalham no atelier há mais de 30 anos, gerando uma sinergia enorme, e com isso, os funcionários conseguem compreender a ideia e visão da Luhana com facilidade. “Mais do que isso, o time capta o espírito de cada projeto a partir dos croquis que crio. Além disso, procuro acompanhar a confecção de cada um dos vestidos, visando oferecer a máxima qualidade e perfeição possível em cada peça”, pontua. A designer ainda explica que é graças a esse engajamento e a modelagem exclusiva Pawlick feita no tecido, que conseguem já iniciar a confecção do vestido. Sendo assim, o próximo encontro já será a prova final e entrega. Com isso a cliente economiza tempo e translado, pois precisaria ir apenas 2 vezes ao atelier, uma para o atendimento, criação e modelagem, e a outra para a prova final que já é a entrega. A Pawlick tem maneiras variadas de trabalhar, tanto para vestidos de noivas quanto festas e formaturas.

*Atelier: Venda ou 1º aluguel sob medida, onde as clientes são atendidas pela estilista Luhana Pawlick, passando pela criação, confecção, prova e entrega.

*Maison Pawlick: Aluguel ou venda. Os vestidos que foram feitos na modalidade de 1º aluguel no atelier, vão para a loja Maison Pawlick, onde ficam disponíveis para locação ou venda. Serviço – O Atelier fica na Rua Irmãos Vieira, 252, 1º andar – São José, Santa Catarina. Telefone (48) 3241-8010 | Whatsapp (48) 99136-3438. Instagram @atelierpawlick A Maison está situada na Rua Irmãos Vieira, 252, térreo – São José, Santa Catarina. Telefone (48) 3241-1333 | Whatsapp (48) 98492-6228. Instagram @maisonpawlick Além disso você pode saber mais sobre a história e trabalho primoroso da Pawlick através do site www.pawlick.com.br

Por Bruna Marques – Viver Bem

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