Na tarde de hoje, a jovem Lorena Vieira afirmou ter sido vítima de racismo em uma agência bancária do Itaú, no Rio de Janeiro. Segundo Lorena, que é noiva do músico Rennan da Penha, ela foi retirada do banco pela Polícia Civil e “esculachada”. A modelo relatou nas redes sociais que os funcionários do banco suspeitaram de fraude, pediram para ela esperar até o problema ser resolvido e chamaram a polícia.
Fui retirada do banco @itau pela polícia civil
Humilhada e esculachada
Por minha conta receber um bom dinheiro
E segunda eles, é FRAUDE E MAIS VÁRIAS COISAS
Meu dinheiro está PRESO e eu quase fui PRESA por NADA!!!!!!
Não é pq eu sou preta e humilde que eu sou criminosa!!!— Lorena (@badgallore) January 30, 2020
O DJ também se manifestou sobre o caso e explicou que a suspeita dos funcionários aconteceu porque na foto do documento de identidade ela está com os cabelos lisos e chegou na agência com os cabelos cacheados. Em nota, o Itaú lamentou e pediu desculpas pelos transtornos. O banco afirmou que o objetivo da ação era “proteger os recursos de Lorenna de possível fraude”. Leia a nota na íntegra no final do texto. Lorena contou que seu dinheiro está retido pelo banco e que quase foi presa.
“Não é porque eu sou preta e humilde que eu sou criminosa”, encerra. Ela foi levada até uma delegacia para prestar esclarecimentos, de acordo com Rennan. O músico afirmou ainda que pretende processar o banco. Rennan da Penha, o noivo de Lorenna, foi preso em abril do ano passado por associação ao tráfico. O DJ foi condenado com base em mensagens de WhatsApp no grupo de moradores do Complexo do Alemão.
Nota do Itaú
“O Itaú Unibanco lamenta e se desculpa pelos transtornos causados a Lorenna Vieira nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, e vem tentando contato com ela para resolver a situação. O Itaú Unibanco esclarece que o procedimento adotado na agência é padrão em casos de suspeita de fraude, e não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero. O objetivo era proteger os recursos de Lorenna de possível fraude, uma vez que já havia um bloqueio preventivo de sua conta corrente e era difícil identificá-la com o documento apresentado no caixa. O Itaú Unibanco acredita que toda forma de discriminação racial deve ser combatida”.
(Texto: Lyanny Yrigoyen com Uol)