Ambientado na década de 1980, a nova aventura da Mulher Maravilha nos cinemas a apresenta dois novos inimigos: Max Lord e Mulher-Leopardo, e, de acordo com as críticas, tem tudo para repetir o sucesso de seu antecessor. A diretora Patty Jenkins está de volta ao comando e Gal Gadot novamente no papel-título. “Mulher-Maravilha”, em 2017, quebrou recordes e arrecadou US$ 822 milhões nas bilheterias mundiais. O filme também tem em seu elenco Chris Pine como Steve Trevor, Kristen Wiig como Mulher Leopardo, Pedro Pascal como Max Lord, Robin Wright como Antíope e Connie Nielsen como Hipólita.
A produção do filme fica por conta de Charles Roven, Deborah Snyder, Zack Snyder, Patty Jenkins, Gal Gadot e Stephen Jones. Rebecca Steel Roven Oakley, Richard Suckle, Marianne Jenkins, Geoff Johns, Walter Hamada, Chantal Nong Vo e Wesley Coller são os produtoresexecutivos. Patty Jenkins dirigiu a partir de um roteiro que ela escreveu com Geoff Johns & David Callaham. Juntando-se à diretora nos bastidores estão vários membros de sua equipe de “Mulher Maravilha”, incluindo o diretor de fotografia Matthew Jensen, a designer de produção indicada ao Oscar Aline Bonetto (“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”), e a figurinista ganhadora do Oscar Lindy Hemming (“Topsy-Turvy: O Espetáculo”). O editor indicado ao Oscar Richard Pearson (“Voo United 93”) montou o filme. A trilha sonora é do compositor ganhador do Oscar Hans Zimmer (“Dunkirk”, “O Rei Leão”).
“Mulher-Maravilha 1984” acompanha Diana Prince/Mulher Maravilha (Gal Gadot) em 1984, durante a Guerra Fria, entrando em conflito com dois grandes inimigos – o empresário de mídia Maxwell Lord (Pedro Pascal) e a amiga que virou inimiga Barbara Minerva/ Cheetah (Kristen Wiig) – enquanto se reúne com seu interesse amoroso Steve Trevor (Chris Pine). Pautada pelo conflito entre a verdade e o desejo, é dessa forma que a trama é apresentada. Ao receber a dádiva antinatural do retorno à vida de seu amado, Diana precisa lidar com as consequências de seu desejo: a perda progressiva de sua força. Em contrapartida, a introspectiva geóloga Barbara Minerva (Kristen Wiig) e o investidor Max Lord (Pedro Pascal) vão perdendo suas “humanidades” enquanto ganham poder.
Para quem acompanhava os quadrinhos, ainda que as super-heroínas possam trazer a estereotipação das personagens femininas do universo de super-heróis, servem para reconhecer a importância do protagonismo de personagens como Mulher Maravilha e Capitã Marvel. Além disso, contribuem para mudar paradigmas e inspirar atitudes de empoderamento das mulheres. “Mulher-Maravilha 1984”, que traz um panorama mais humanizado de Diana, pode, sim, mostrar representatividade e identificação ao público feminino e sua visão sobre si mesmo. Nas histórias em quadrinhos, essas personagens se destacaram na década de 1970, e hoje, em 2020 têm a abrangência do cinema para, que seja, trazer mais respeito e empoderamento às mulheres.
Crítica especializada
Desde a manhã de ontem, pipocaram críticas especializadas nos variados sites ligados à cultura pop, e “Mulher-Maravilha 1984” acumula elogios dos críticos da sétima arte. Natalia Engler, que escreve para o site especializado em entretenimento Omelete, classificou o filme como ótimo e considera a obra um bálsamo em tempos de pandemia. “Pode parecer clichê, mas é de fato um alívio ter um filme como ‘Mulher-Maravilha 1984’ em 2020. Neste ano horrível, que nos roubou tantas coisas – de pessoas queridas a atividades cotidianas como ir ao cinema sem preocupação – o longa, dirigido mais uma vez por Patty Jenkins, traz uma mensagem confortante de esperança e crença no melhor que a humanidade pode ser. Mas isto só é um grande trunfo do filme porque se encaixa com perfeição em uma narrativa bem amarrada que explora o simbolismo da personagem e, acertadamente, afasta-se do tom sombrio e niilista que Zack Snyder tentou dar ao DCEU.”
Miguel Morales, do site Arroba Nerd, também gostou muito do que viu e destacou o lado mais humanizado de Diana, que a diretora Patty Jenkins colocou em evidência no longa. “Mulher-Maravilha 1984 é um filme mais simples, mas não no sentido pejorativo, e que no seu começo ele lida com questões mais realistas e mais cotidianas, sabe? Ao colocar Diana em situações mais triviais é que o longa ganha uma força e isso apenas dá um charme a mais para a produção, mesmo que tenha seu lado mais fantasioso e heroico. Aqui vemos mais da Diana e menos da guerreira Amazona. No final, Mulher-Maravilha 1984 faz o filme que eu esperava, e saí com a certeza que ele não iria me decepcionar e de fato isso não aconteceu. Gal Gadot e Patty Jenkins fazem a dupla mais imbatível na DC desde de Batman e Robin, onde o filme é comprovação que realmente estamos na Era das Maravilhas. A dupla é a responsável por um filme que de verdade deixará o espectador maravilhado e que definitivamente entrega uma ótima forma de passar mais de 2 horas.”
(Texto: Marcelo Rezende)