Prática de pintar tem servido como terapia para aliviar a mente e se livrar da ansiedade
As vezes, voltar à infância pode ser uma estratégia para enxergar o mundo mais simples e deixar de lado os fardos pesados. Uma caixa de lápis de cor e um livro para pintar, tem apresentado seus superpoderes aos adultos de todas as idades, que usam a atividade, como forma de “terapia” para se desligarem da rotina agitada, trabalhar a concentração, aumentar a criatividade e fugirem do estresse causado no dia a dia.
Para a psicóloga Talwany Nobre, o livro é um exercício prazeroso para todas as idades, e dependendo do perfil da pessoa, pode haver um grande alívio quando ela está pintando. “Nós indicamos como uma atividade de lazer e bem-estar. É extremamente importante que o indivíduo faça coisas para ele mesmo, que ele desempenhe funções que façam bem a ele, que ele tenha Hobbies. A gente percebe que as pessoas estão tendo que lidar com muita ansiedade e estresse, e a partir do momento em que ela para pintar esse livro, se desliga totalmente das preocupações ao seu redor”, conclui.
Enchendo de cores
A social media Samara Henning de 30 anos, conta que na época que o livro virou febre, há cinco anos, ela estava desempregada e passando por uma grande crise de ansiedade. A saúde mental estava zerada, e o que tinha de sobra, era tempo sozinha em casa, e acabava descontando todas as suas emoções na alimentação. Então, decidiu comprar o livro para se distrair e viu que foi um milagroso “remédio”.
“Eu comprei assim que lançou, era uma febre, eu via todo mundo falando sobre, e comprei um também. Eu ficava bastante tempo sozinha sem nada nem ninguém, aí comecei a pintar, fiquei tão focada que levei mais ou menos um mês para concluir as 90 páginas, foi uma terapia incrível pra mim, eu precisava e nem sabia”, relembra.
Prova viva de que a prática realmente funciona, ela recomenda o uso do livro. “Hoje em dia eu superecomendo essa atividade, porque todas as horas que passei envolvida, naquele mundo colorido, me levaram a ter concentração e foco nas tarefas que eu me proponho a fazer”, pontua.
A história dos livros encantados para adultos
A moda entre os jovens começou lá em 2015, após o lançamento de “Jardim Secreto”, da ilustradora inglesa Johanna Basford, que percebeu a vontade dos pais em colorir os livros infantis junto com os filhos. A ideia da inglesa, é que ao pintar as ilustrações repletas de detalhes, a pessoa deixe a sua mente livre de preocupações e esqueça de todos os problemas.
Outro trabalho que também fez muito sucesso e é considerada um antiestresse, são as “Mandalas para relaxar, pintando com Gaudí” e “Mandalas para relaxar, pintando com Van Gogh”, que dão a oportunidade de colorir desenhos inspirados em grandes obras.
(Texto: Karine Alencar)