Liga Breaking celebra 10 anos no Armazém Cultural

Visando ofertar seja à quem for os elementos da Cultura Hip Hop,  seja o MC, o DJ, o Breaking ou o Graffiti, a Liga Breaking celebra os seus 10 anos de existência e, durante três dias na Capital, oferece mais desse universo que resiste na força do próprio movimento e daqueles que o consomem.

“Hoje a gente tem uma organização de voluntários com mais de 50 pessoas. O evento vai ser idealizado lá no Armazém Cultural, que a Prefeitura disponibilizou esse espaço para a gente”, explica o organizador e idealizador do Liga Breaking, Sula Maecawa.

Mobilizando jovens, telespectadores ou participantes, a Liga exemplifica – através das diversas vertentes artísticas que incorpora – que a transformação de vida é possível. Promevendo o respeito, a responsabilidade, a disciplina, humildade, amor ao próximo e que (como apontam os idealizadores) tudo é possível ao que crê.

“Estamos fazendo dez anos, edição especial. Nós fazemos três, quatro edições em um ano. Começa à partir das 14h, terminando às 22h. Na verdade somos uma resistência. A gente não desistiu de fazer a cultura aqui, que na verdade vivemos ela. Fazemos esse movimento, em prol da sociedade e esse evento tem crescido, trazido muitas pessoas que representam o break, o hip-hop no nosso Estado e em outros países”, ressalta Sula.

Do espelho de referência para os mais novos, o idealizador aponta que o sonhar move histórias: “que nem o Pelézinho (que ministra workshop no dia 24, às 14h). É um moleque que representa a gente lá fora, em todo lugar. Ele acabou de chegar de Dubai, de um evento que a Red Bull fez lá, e está vindo para cá. A expectativa da gente é muito grande, por toda a correria durante anos”.

“Gente que até parou de dançar, de cantar, falaram que estarão no evento e isso é muito importante. Não só para a gente, mas ele é um evento importante para o nosso Estado”, pontua ainda Sula Maecawa.

Como tudo no underground, que por anos luta para desmarginalizar as vertentes de sua cultura, até mesmo as formas de patrocínio junto à Liga se dá pela união de forças, sendo possível prestar uma força com a produção de materiais; som e iluminação; local do evento; cachê dos fotógrafos, jurados e DJ’s; hospedagens; premiações; alimentação de um dia ou mesmo segurança para que o rolê flua.

Na verdade a gente adquiriu muita experiência durante esse tempo. A gente viu que no começo tudo é difícil, não vou falar que hoje está fácil, mas hoje sabemos lidar com os ‘não’ da vida. A gente vai em busca do ‘sim’ e, se no meio do caminho rolar um não, a gente continua lutando do mesmo jeito. Independente se a gente não consegue tudo para o evento, o evento acontece. Da melhor forma, da melhor qualidade, tentando de todas as formas atender as pessoas que vem de fora também.

Além dos diversos workshops: de house dance com Esther; breaking com o Bboy Pelezinho, ou mesmo de popping e urban dance com Victor e o Bboy OliOlz, respectivamente, que podem ser adquiridos avulso ou por pacote, o evento ainda traz a Edição Especial Liga das Minas, apresentada pela Mc Mari. “No primeiro dia vai ser a Liga Rap, que a gente institui pela liga. São vários grupos de rap do Estado, mais de trinta grupos envolvidos, que cantarão, com um dia inteirinho de hip-hop. Aí vai ter o Pelézinho, o pessoal do break daqui, uma roda de break onde a gente finaliza a noite. Mas é mais voltada para o Rap”, finaliza Sula.

Serviço: A celebração de 10 anos da Liga Breaking acontece de 22 à 24, até as 22h, no Armazém Cultural.

(Texto: Léo Ribeiro)

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