JK, o reinventor do Brasil estreia no Cine Brasília

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Foto: Divulgação

A estreia da minissérie documental sobre a trajetória de Juscelino Kubitschek ocorreu ontem (28), no Cine Brasília. Segundo Fábio Chateaubriand, diretor-executivo do projeto, o lançamento do documentário marca uma das maiores pesquisas iconográficas já realizadas sobre a trajetória do ex-presidente brasileiro. “JK, o Reinventor do Brasil” pode ser assistido nos canais por assinatura, além de ser transmitida aos sábados, às 22h30 no canal TV Cultura.

Após dois anos de uma intensa pesquisa, a minissérie documental, dividida em 4 capítulos, explora não apenas a trajetória de Juscelino Kubitschek como também é uma fotobiografia com mais de 400 imagens relacionadas à história do ex-presidente e de Brasília. Conforme explica o sociólogo, pesquisador e diretor-executivo da TV Cultura, Fábio Chateaubriand, temas como memória, história, educação e entretenimento foram abordados.

“O processo de produção da série documental acontece há dois anos, ela teve início no final de 2021, e a nossa intenção era justamente fazer diferente, buscar informações que ainda não tinham sido compiladas. Fomos a campo, eu fui a campo com uma equipe muito profissional e muito dedicada para buscar informações sobre Juscelino Kubitschek. E nos deparamos com informações espalhadas, sem critério de catalogação, e trouxemos para o projeto arquivos públicos, instituições públicas e privadas que possuem fotografias sobre Juscelino Kubitschek e outros documentos. O arquivo público do Distrito Federal foi muito importante para esse processo, assim como o arquivo público de São Paulo e o arquivo público nacional, além da casa do Juscelino Kubitschek, em Diamantina, que abraçaram esse projeto e o formato dele, que é diferente, além de tantos outros acervos”, pontua.

Memória e homenagem 

O impulso para esse projeto surgiu a partir de uma pesquisa do Datafolha, indicando que apenas 1% da população brasileira se lembrava de Juscelino Kubitschek. Além disso, a proximidade de Fábio Chateaubriand com a família Kubitschek e sua fascinação pela história de Brasília também motivaram o trabalho. A minissérie, dirigida por Jarbas Agnelli e roteirizada por Fernando Rodrigues, vai além de retratar a vida pessoal de Juscelino. Ela destaca a importância desse político na transformação do país, convertendo-o de uma nação rural para uma moderna, conforme enfatiza Fábio.

“A produção do documentário da série ‘JK, o Reivindicador do Brasil’, se deve pela minha amizade com a família, com a filha do Juscelino, a Maristela Kubitschek, com os seus filhos, netos do JK, principalmente com o João César Kubitschek, com o Serafim Jardim, que foi secretário e amigo de JK. E essas amizades minhas com a família Kubitschek me despertaram o interesse de produzir uma fotobiografia, um livro fotobiográfico, que também está sendo produzido pela TV Cultura, e que será editado pela TV Cultura no início de 2024. Essa foi a ideia original, o livro. A série documental veio em seguida, tendo como base um livro fotobiográfico, como base de pesquisa. Essa foi a principal motivação. Mas tem outra motivação muito importante, que é uma pesquisa do Datafolha de 2021, que aponta a popularidade dos presidentes da república. E JK aparece com 1% como o melhor presidente do Brasil, ou seja, 1% da população reconhece Juscelino Kubitschek. O Brasil, a gente sabe, é um país sem memória. Então, produzir um livro fotobiográfico, que se chama Juscelino Kubitschek, uma fotobiografia e uma série documental, cujo nome é ‘JK, o Reinventor do Brasil’, é justamente para ‘linkar’, colocar em contato com os jovens, essa nova geração, com este personagem que foi importante para a história do Brasil. Podemos dizer que Juscelino foi o responsável pela transformação do Brasil, de um país extremamente rural, num país também moderno, urbano. E isso só foi possível com a transferência da Capital. Ele interioriza as decisões nacionais, ele ocupa um território vasto, até então pouco ocupado, transferindo a Capital para o centro do Brasil, para o Planalto Central. Foi um grande projeto de soberania e de integração nacional”, salienta o diretor-executivo.

Estreia no Cine Brasília 

A escolha do Cine Brasília para a estreia não é apenas estratégica, mas também simbólica, já que o cinema possui um projeto arquitetônico assinado por Oscar Niemeyer e faz parte do Quadrilátero Modelo de Lúcio Costa, figuras fundamentais na história de Brasília. O evento de estreia contou com a presença de importantes figuras, incluindo membros da família Kubitschek que, de acordo com Fábio, na estreia, a recepção do público foi um sucesso que superou as expectativas.

“A reação do público em Brasília foi a melhor possível. Eu acredito que nós, ontem, conseguimos reunir a maior quantidade de juscelinistas no Cine Brasília. As pessoas saíram querendo assistir o segundo, o terceiro e o quarto capítulos, porque o formato do documentário é bastante envolvente, nesse sentido. Além disso, foi muito simbólico poder lançar a série documental na cidade fundada por Juscelino Kubitschek e ter aceitação. Outro ponto muito importante é que essa série documental foi abraçada pela população, pelas instituições e virou um presente. A TV Cultura está presenteando a sociedade brasileira com essa série documental, com esse nosso trabalho”, afirma Fábio.

Onde assistir? 

Com mais de 80 horas de gravação e mil horas de edição, a minissérie busca ser uma das melhores pesquisas iconográficas sobre Juscelino Kubitschek. O diretor-executivo ainda ressaltou que a obra documental deixa um legado acadêmico, pois foram organizadas informações e insights sobre como pesquisar Juscelino e Brasília.

A série será exibida na TV Cultura e toda a sua rede de afiliadas, além do canal da TV Cultura nas TVs por assinatura. Para os espectadores sul-mato-grossenses interessados na minissérie, em uma conversa com o presidente da TVE (TV Educativa de Mato Grosso do Sul), afiliada da TV Cultura, Elias Mendes, a emissora local afirma a exibição da série, por mais que o primeiro capítulo não tenha sido transmitido, conforme afirma Fábio. “O primeiro capítulo não foi exibido no sábado. E, de acordo com a grade de programação que recebemos da TVE, não consta a minissérie na programação”, contrapõe o diretor-executivo.

Após a exibição na TV, a série estará disponível no aplicativo da TV Cultura, o Cultura Play. O primeiro capítulo foi ao ar no sábado passado, dia 25 e o último vai ao ar no dia 16/12. A série é exibida sempre aos sábados, às 22h30, no horário de Brasília.

Por Ana Cavalcante.

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