No mundo da música profissional desde 2001, Índio Valério, da etnia terena de Miranda, decidiu enveredar na carreira solo e lança seu primeiro clipe “Acordei Sozinho”, canção romântica que chegou às plataformas digitais no dia 24 de janeiro, de autoria de Silvio Santana, Ede Gama e Magron Escobar, e que fala da saudade de um amor que se foi. Após a retomada dos eventos na Capital, a agenda de Índio Valério segue já com vários compromissos agendados e o show de lançamento do videoclipe será amanhã (26), na Confraria, em Campo Grande-MS. 

Carreira solo 

Para Valério, o evento vem em um bom momento, pois entende que chegou a hora de mostrar um pouco do seu trabalho e do seu talento no que tange ao romântico sertanejo, já que suas influências vêm de João Mineiro e Marciano, Chitãozinho e Xororó e, mais recentemente, Marília Mendonça e Gusttavo Lima, entre outros, com uma bela pitada de sofrência. Além disso, o novo trabalho é uma conquista resultante dos vários anos dedicados à música e representa o pontapé para o início da carreira solo, depois de um bom período se dedicando a bandas de baile e duplas sertanejas no passado. 

Parceria

A parceria com a Magron Music é recente, mas a admiração por Magron Escobar, que é quem está à frente do selo, é antiga, desde a época dos bailes. “Eu já conheço o Magron da época dos bailes, isso lá por 2000, tinha o grupo ‘Som do Mato’, eu acompanhava bastante, era também baileiro, mas não tinha contato com ele, exceto artisticamente e admirava o trabalho dele, como o grupo Canto da Terra, como o Grupo Tradição. E foi uma surpresa essa aproximação com o Magron. A gente um dia se encontrou, trocou ideia, e ele já estava com o estúdio dele que, graças a Deus, hoje é um selo nacional. A gente já sai com aquele bônus de que já está realmente numa gravadora, um selo, que é a Magron Music”, conta o cantor

Valério conta que está com uma boa agenda de shows, pois faz muitos eventos corporativos e festas particulares, e que tem planos de realizar um show de grande porte, estando, inclusive, em negociação para se apresentar em outros estados em apresentação completa com banda. “A gente agora vai aumentar essa demanda, eu tenho alguns contatos para fora, tipo no interior do Paraná. Então, futuramente, provavelmente agora nesse mês que entra, a gente deve estar indo pra lá pra fazer alguma coisa já maior, com banda, com produção, um show elaborado, como a Magron Music tá me disponibilizando tudo isso, ensaio, tudo, músico, então a gente já tem que pensar numa coisa maior”, dispara.

Incertezas Pandêmicas

Entretanto, um receio que voltou a fazer parte do dia a dia do músico é o de novas restrições motivadas pelo aumento do número de casos. “Agora com esse tempo da pandemia, tomara que não volte a ficar como ficou tempos atrás. Se apertar, sabe como é, né? Tem que parar tudo de novo, mas se Deus quiser, não vai acontecer isso, por enquanto estamos trabalhando bem.”

Para o caso de volta das restrições, o músico revela a possibilidade de voltar à realização de lives, para não deixar os fãs “órfãos”. “Se isso acontecer, a previsão é de voltar para as lives mesmo, lives bem elaboradas, para o pessoal curtir legal e ver uma qualidade boa, porque já não dá pra fazer uma live ‘meia- -boca’. Mas eu creio que se Deus quiser, não vai precisar.”

Presente

Índio Valério conta que a música “Acordei Sozinho” foi um presente do pessoal da Magron Music, mais especificamente do Silvio Santana, do Magron Escobar e Ede Gama. “Eles me chamaram lá um dia e falaram ‘ó, tem uma música aqui. Canta aí pra ver se ela te arrepia’, porque música é pele, você tem de cantar, tem de sentir, não pode ser uma coisa mecânica”, teoriza o cantor.

Planos

O músico adianta que ainda tem muito mais para este ano. “Eu quero fazer um agradecimento a todos os meus amigos que são meus fãs e gostam do meu trabalho, e aproveitar e dizer para eles que, além desse clipe aí, vem coisa nova, vem um DVD, vêm músicas inéditas, regravações, tudo dentro do meu estilo romântico.” 

Ele ainda reitera que seu repertório tem muitos clássicos do estilo romântico sertanejo, como João Mineiro & Marciano, Milionário e José Rico, Trio Parada Dura, Mato Grosso e Matias, além dos nomes regionais, como Délio e Delinha, Tostão e Guarany, sempre mesclando tudo e trazendo toda essa influência para o público.

(Méri Oliveira)