Há 75 anos nascia Bob Marley, icônico rei da reggae music

Maior expoente do reggae mundial e um dos principais responsáveis pela difusão da cultura e da religião rastafári, o jamaicano Bob Marley completaria 75 anos nessa quinta-feira (6/2). Robert Nesta Marley nasceu no dia 6 de fevereiro de 1945 em Nine Mile, na Jamaica. E é considerado um ídolo à altura de Elvis Presley e John Lennon em projeção mundial. Considerado o mais influente e famoso músico de reggae de todos os tempos, teve suas canções gravadas por diversos artistas. Em razão de sua adolescência difícil em uma favela em Kingston, capital jamaicana, Bob Marley desenvolveu um ponto de vista bastante crítico sobre os problemas sociais e seu trabalho faz muitas referências à questão da pobreza e da opressão.

Bob foi casado com Rita Marley, mãe de quatro de seus 12 filhos (dois deles adotados). Entre eles estão Ziggy e Stephen Marley, que deram sequência ao legado musical do pai na banda Melody Makers. Outros filhos, Kymani, Julian e Damian (Jr. Gong) também seguiram no meio musical. Bob Marley é mais conhecido pelo seu trabalho com o grupo The Wailers, que contava com os excelentes músicos Bunny Wailer e Peter Tosh. A qualidade musical de Bob Marley e o The Wailers foi reconhecida com diversos prêmios. A BBC classificou a música “One Love” como sendo a canção do milênio e o cantor e compositor foi eleito o 11º maior artista de todos os tempos pela revista “Rolling Stone”. Em 1971, Bob assinou com o selo Island Records. Quatro anos depois, com “No Woman, No Cry”, ele ganhou fama mundial.

Bob Marley gostava muito de futebol e chegou a jogar na equipe jamaicana House of Dread. Em uma de suas fotos mais famosas no Brasil, aparece com o cantor Chico Buarque após uma “pelada” no Rio de Janeiro em 1980, com os funcionários do selo Ariola contra alguns dos artistas contratados pela gravadora no Brasil, como Chico Buarque, Alceu Valença e Toquinho. Na ocasião, ganhou e vestiu a camisa 10 do Santos. E pelas filmagens dá pra ver que ele era bom de bola.

Em 3 de dezembro de 1976, em meio à efervescência política e à violência causada por gangues na Jamaica, que vivia um clima de guerra urbana, Bob Marley decide fazer uma apresentação gratuita como forma de pregar a paz e a unidade da juventude no país. O primeiro-ministro jamaicano Michael Manley apoiou o evento como forma de apaziguar os ânimos às vésperas das eleições.

Durante um ensaio em sua casa, ele, a esposa, Rita Marley, integrante da banda, e o empresário Don Taylor foram baleados e levados ao Hospital Universitário de Kingston. As motivações do atentado nunca foram esclarecidas. Em julho de 1977, Bob Marley descobriu uma ferida no dedão de seu pé direito, que não cicatrizava e que resultou na queda de sua unha. Posteriormente ele descobriu que estava com um tipo de câncer de pele, e os médicos o aconselharam a amputar o dedo. O músico se recusou por conta dos seus princípios rastafáris em que não se deve cortar ou amputar qualquer parte do corpo.

Alguns anos antes de morrer, em 1977, Marley teria se convertido ao cristianismo e decidido que seu corpo deveria ser cuidado. A esta altura, contudo, o câncer já havia se espalhado e havia tomado seu cérebro, pulmão e estômago. Durante uma turnê no verão de 1980, Marley desmaiou enquanto corria no Central Park, em Nova York. Após um tratamento na Alemanha, que acabou não dando resultado e pelo avanço da doença, o astro do reggae morreu aos 36 anos, no dia 11 de maio de 1981, em Miami, nos Estados Unidos. Após a sua morte, o dia 6 de fevereiro foi decretado feriado nacional na Jamaica. Mensageiro da paz em suas canções, Bob Marley permanece vivo por meio de suas gravações e da legião de fãs que estão espalhados ao redor de todo o mundo.

(Texto: Marcelo Rezende/Publicação de Lyanny Yrigoyen)

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