Aulas começam em fevereiro e duram o ano inteiro, com três turmas diferentes
O grupo de teatro Fulano di Tal está com inscrições abertas para a temporada ‘Fulano em Fluxo’, com três turmas, para crianças, adolescentes e adultos. As aulas começam em fevereiro e vão até dezembro e as inscrições são feitas por meio do site www.fulanodital.com/
As turmas são dividas por faixa etária e aprendizagem. Na Turma Infância, as oficinas são voltadas para crianças dos 6 aos 12 anos, com duração de 11 meses. O processo de aprendizagem foca na investigação do teatro e no ato de brincar, com utilização de brincadeiras populares, jogos teatrais e dramáticos, onde os alunos serão provocados a desenvolverem suas histórias, por meio de textos e cenas, com o olhar sensível e particular da infância. Além disso, será trabalhado a percepção corporal e vocal, leituras de textos, improvisação e criação de cenas, no final de cada semestre será realizado uma mostra das cenas autorais. As aulas serão realizadas aos sábados, das 9h30 às 11h, pela professora Luana Miranda, com início em 15 de fevereiro.
Já a turma Teatro Livre, é voltada para jovens e adultos a partir de 13 anos. “Essa oficina é para todos os que queiram conhecer e descobrir o universo teatral, mergulhando nos jogos e dinâmicas de grupo e também através da criação e encenações de cenas curtas”, explica o diretor, ator, dramaturgo, produtor cultural e um dos fundadores do grupo, Marcelo Leite.
Também com duração de 11 meses, ela será dividida em duas etapas: na primeira é realizada os exercícios e treinamentos de percepção e consciência corporal e vocal; jogos teatrais; palhaçaria; exercícios de improvisação; leituras de textos dramáticos e criação de cenas curtas. A etapa será finalizada em julho, com a ‘Mostra de Processos do Fulano’, aberta ao público, os alunos são desafiados a apresentar suas criações do semestre, com direção e orientação da professora da turma, Luana Miranda.
Na segunda etapa, após uma retomada dos ensinos anteriores, os alunos irão desenvolver seus próprios textos dramatúrgicos, que serão encenados por eles mesmos. A finalização será em dezembro, com apresentações guiadas. Aulas serão as quartas-feiras, das 19h às 21h, a partir do dia 12 de fevereiro.
A última turma é a Turma Montagem, para adultos a partir dos 18 anos, com alguma experiência em linguagens teatrais. Com duração de 10 meses, o foco é o processo de investigação e montagem de um espetáculo teatral, também dividido em duas etapas: primeiramente, será desenvolvido o processo de investigação e preparação para a montagem, com treinamento técnico do ator (corpo e voz); jogos teatrais e dramáticos; improvisação; palhaçaria; escrita e leituras de dramaturgias; experimentações cênicas (criação de cenas em grupo); escolha do texto que será encenado. A etapa finaliza m julho, com leitura cênica apresentada na ‘Mostra de Processos do Fulano’.
Na segunda fase, é a vez de treinamento e preparação do ator, criação e construção do espetáculo, processo de ensaios e curta temporada de estreia em dezembro. “Essa nossa oficina já existe desde 2019 e tem como objetivo todas as etapas da montagem de um espetáculo teatral e ao final da oficina fica em cartaz, durante uma semana aberta ao público. Já montamos ‘O Beijo no Asfalto’ e ‘Álbum de Família’ de Nelson Rodrigues, ‘Liberdade Liberdade’ de Millor Fernandes e o ‘Amor de Rosinha’ de Edner Gustavo que foi por muito tempo um dos idealizadores e professores desta turma. Hoje, o Edner é o coordenador Pedagógico das nossas oficinas”, complementa Leite.
Essa turma tem aulas toda a quinta-feira, das 19h às 22h, ministrada pela professora Kelly Figueiredo.
Com turmas em todas as faixas etárias, Marcelo Leite comenta que é uma oportunidade de troca entre olhares e conhecimentos teatrais.
“A gente procura variar para atender todas as faixas etárias e públicos, principalmente na formação de atores, mas também, formação de público, pois estimulamos muito a fruição de espetáculos durante toda a oficina. Tem espetáculo, a gente convida os alunos para ver.
E também é interessante, para nos enquanto grupo, pois sempre estamos em movimento estudando e trocando sobre teatro”.
O diretor também comenta que a retomada de brincadeiras tradicionais é uma oportunidade de ‘tirar’ as crianças e jovens das telas. “Fazemos um resgate das brincadeiras antigas, do pé descalço, do olho no olho e sempre para valorizar o outro”.
A equipe pedagógica é formada por:
Edner Gustavo – coordenação: Ator, professor e produtor cultural. Formado em Teatro (Licenciatura) pela Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS). É professor das Oficinas do Fulano di Tal desde 2018. Dirigiu, escreveu e adaptou os últimos dois espetáculos da Turma de Montagem – “O Amor de Rosinha” e “Álbum de Família”.
Luana Miranda – professora das Turmas Infância e Livre: Atriz, professora e produtora cultural. Formada em Licenciatura em História pela UCDB e em Licenciatura em Artes Visuais pela UNIBF com pós-graduação em Ensino de Arte e História. Professora em Oficinas de Teatro para todas as idades desde 2019.
Kelly Figueiredo – professora da Turma Montagem: Atriz, Palhaça (Palhaça Mixirica) e produtora cultural, com atuação no Brasil e em Portugal. Formada em Formação de Atores pela Universidade Lusíada (Portugal) e Pós-Graduada em Teatro e Expressividade no Dinamismo no Ambiente Escolar. Ministra oficinas desde 2017 com foco na formação de atores e na palhaçaria.
Fulano di Tal
O grupo foi criado e desenvolvido em 2003, por alunos de teatro de um colégio de Campo Grande, ainda de forma amadora. Já a nomenclatura do grupo surgiu durante a realização da ficha de inscrição de um festival em que participariam. “A pessoa responsável pela ficha de inscrição disse: ‘aqui no nome, vocês colocam fulano de tal’. Os integrante se olharam e pensaram que era um nome legal e para diferenciar colocamos o ‘de’ com a letra i”, disse o diretor, ator, dramaturgo, produtor cultural e um dos fundadores do grupo, Marcelo Leite.
Juntamente com Marcelo, o grupo é administrado pelo também dramaturgo e ator Edner Gustavo. O primeiro espetáculo do Fulano di Tal foi o monólogo “Suspeitos de um crime quase perfeito”, que coloca o personagem Sherlock Gomes (uma analogia ao detetive Sherlock Holmes) para investigar seis suspeitos do assassinato de um advogado. O espetáculo foi dirigido por Marcelo Leite.
“A partir deste espetáculo que o grupo foi criado e se consolidou ao longo dos anos como um grupo de teatro daqui da nossa cidade e que tem um trabalho importante de formação de plateia, formação de atores e principalmente contando histórias que achamos importante dividir com o público”, comentou em entrevista ao jornal O Estado.
Serviço: As oficinas seguem abertas para inscrição por meio do link https://www.fulanodital.com/, com possibilidade de realizar uma aula experimental. Cada oficina tem valor específico de mensalidade, e mais informações seguem no mesmo link.
Por Carolina Rampi
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