Greyhound é uma aventura marítima de tirar o fôlego

O longa conta a história real de Ernest Krause, comandante de um dos destróiers responsáveis pela travessia de embarcações que estavam levando suprimentos e soldados para o front na Europa, na Segunda Guerra Mundial. Eles tem que levar toda a frota além do pacifico para ser escoltada pela marinha Inglesa, só que desta vez são encurralado por U-Boot,submarinos alemães muito famosos por sua autonomia e capacidade bélica. Não é de hoje que nosso querido Tom entrega ótimos papéis e muito diferentes uns dos outros, ponto pra ele com certeza. Apesar dos acontecimentos reais, Tom assume o comando de uma forma minuciosa, deixa a maneira de lidar com a tripulação muito estimulante.

O espectador (se não estiver usando celular) sente ao lado do comandante e algumas horas até o desconforto das viradas bruscas do navio. A ameaça dos alemães é iminente logo quando o primeiro destróier é eliminado, por uma sucessão de batalhas vai sendo travada. O fato de estar no mar é como ser caçado por um tubarão quando se é uma presa fácil, e, claro, quando não se pode ver o inimigo. 

Os instrumentos são bem precários e dão esse imediatismo que o filme precisa, com uma daquelas tensões que é preferível não abrir a boca e sim fazer algo que os tire daquela situação. A parte interligada da tripulação mostra como a cooperação é o fator mais importante e mesmo que seja por vezes abalada deve ser mantida sempre para o sucesso da missão. Não dar rostos para o inimigo é parte de manter tudo no escuro ou nas profundezas em que circundam, o que ouvimos são mensagens intimidadoras mas que não surtem muito efeito no comandante Ernest, que tem controle de suas ações todo o filme. 

Ernest tem várias camadas, logo no começo vemos traços de sua religiosidade e motivos pelo qual ele quer que tudo sempre corra bem, e também demonstra estar muito preparado para as adversidade, seu arco é bem satisfatório. A construção do personagem mostra traços de seu sacrifício pela tripulação e principalmente pela forma como as  situações tem que ser conduzidas.

(Confira mais na página C2 da versão digital do jornal O Estado)

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