Filmes divertidos para o fim de ano

Tem momentos em nossas vidas que só queremos sentar em frente a TV e assistir qualquer coisa que nos faça um bem danado. Às vezes, a leveza de uma produção traz a paz que precisamos naquele momento. Mesmo que não tenha recursos incríveis de narrativa ou efeitos visuais fantásticos, somos postos num momento tão bom, que é como se encaixar perfeitamente em um abraço. Ou aquela sensação que nos toma em uma tarde qualquer com as pessoas que mais amamos e parece que não há vida depois desse momento. Para uma das últimas colunas deste ano, separei alguns desses filmes que dão essa paz interior e gostaria de compartilhar com os leitores deste belíssimo espaço que tem me dado muita alegria de escrever regularmente. 

Por mais que me repita em alguns filmes e até volte a falar dos mesmos diretores, adoro revisitar experiências boas e, principalmente, uma boa história daqueles que ficamos dias para digerir. Uma dupla de diretores muito versáteis é Ethan e Joel Coen. Esses caras conseguem ir do extremo de uma ideia mirabolante e melancólica até uma boa comédia com um humor ácido e cheio de simbolismo que nos encanta. Um desses filmes que vale uma visita ou até duas, três o quanto você achar necessário é “E Aí, Meu Irmão, Cadê Você? – 2000”.

A virada do milênio trouxe títulos muito bons e até mesmo de 1999 a 2001 havia muitos filmes, com uma pulga atrás da orelha, sobre esses novos tempos mais conectados que viveríamos nos próximos anos. Esse filme em especial acompanha o trio de fugitivos encabeçado por George Clooney, um pilantra convencido que adorava pentear o cabelo e fingir que sabe o rumo que as coisas vão tomar. Esse filme é bastante charmoso. Se você estiver um pouco interessando na alegoria, com certeza ela vai para referências mais bíblicas e até a própria Odisseia de Homero. Não se esqueça também de depois da sessão ouvir atenciosamente essa trilha sonora maravilhosa que está completinha no Spotify. Uma atenção especial para “Down to the River to Pray”, interpretada pela ótima Alison Krauss. A capela é de arrepiar.

O próximo é um daqueles filmes que vêm para reforçar os laços com os amigos; como quem não escolhe as pessoas que estão ao seu lado. “O verão da Minha vida – 2013” tem o roteiro dos talentosíssimos Nat Faxon e Jim Rash. Se pudesse comparar o estilo deles, seria com John Hughes, que tem essa visão excelente para o interior das pessoas, principalmente, na adolescência e sempre com muitos detalhes. Acompanhamos o jovem Duncan (Liam James) que vai para férias com a mãe Toni Collette e o padrasto Steve Carell. Eles são um daqueles casais que não têm muitas coisas em comum, mas mesmo assim estão juntos por certo comodismo. Nat e Jim captam muito bem esse desconforto e quebra ele com amizades inesperadas e um ótimo senso de humor de Sam Rockwell. Ele nos mostra o quão importante é dar uma chance para o desconhecido e explorar nosso meio e, nesse tempo, aprender  algumas coisas sobre a vida. 

(Confira mais na página B2 da versão digital do jornal O Estado)

Veja Mais:

Covid-19: começa hoje restrição de voos vindos do Reino Unido

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *