Com efeitos visuais exuberantes e elenco de estrelas, ficção científica da franquia ‘Tron’ chega aos cinemas do país
Há 43 anos estreava nos cinemas brasileiros ‘Tron: Uma Odisseia Eletrônica’, que marcou a vida de muita gente com seus efeitos visuais ‘incríveis para a época’ e com uma história bem amarrada cheia de cenas memoráveis. Já em ‘Tron: O Legado’ de 2010, o resultado não foi tão impactante para os cinéfilos, mas, mesmo assim, agradou os saudosos fãs que assistiram o primeiro longa da franquia. Eis que em 2025, chega aos cinemas ‘Tron: Ares’, que é a grande estreia da semana.
Sinopse
O filme ‘Tron: Ares’ acompanha o programa Ares, uma espécie de computador altamente qualificado e melhor desenvolvido do que os demais presentes na Terra. Em uma importante missão, Ares é retirado do mundo digital para conseguir resolver os problemas do mundo real, no entanto, os perigos apresentados pelo novo trabalho serão capazes de fazê-lo desacreditar de seus próprios códigos. Estrelado por Jared Leto, Greta Lee e Evan Peters, o terceiro filme da sequência de Tron marcará o primeiro encontro da humanidade com os inéditos seres de Inteligência Artificial. O elenco ainda conta com Gillian Anderson (Arquivo X), Jodie Turner-Smith (‘Mistério em Paris’), Cameron Monaghan (‘Gotham’) e Jeff Bridges (‘The Old Man’). A direção é do diretor norueguês Joachim Rønning e o roteiro de Jesse Wigutow.
Curiosidades
Banda famosa na trilha
A banda de rock Nine Inch Nails estreou ao vivo as músicas da trilha sonora de ‘Tron: Ares’ durante a premiere do filme na segunda-feira (6) no TCL Chinese Theater, em Hollywood. A apresentação aconteceu sob o nome Nine Inch Noize, projeto conjunto com Boys Noize.
O filme teve sua premiere com a presença de estrelas do elenco como Jared Leto, Greta Lee e Evan Peters no tapete vermelho. A performance do Nine Inch Noize marcou a estreia ao vivo de “Forked Reality” e “Shadow Over Me”, além da execução de “As Alive As You Need Me To Be” e um remix de “The Warning”.
Volta ao universo digital
O filme é centrado em Ares, um programa altamente avançado que consegue atravessar a fronteira entre o mundo digital e o real. Esta ligação cria uma série de dilemas éticos e humanos, uma vez que o contato entre programas e pessoas nunca foi tão direto.
Além disso, o enredo vai explorar não só os perigos da tecnologia, mas também o poder que ela pode ter na redefinição das relações humanas. Assim, o título “Tron: Ares” simboliza esta nova figura central, que poderá mudar para sempre o equilíbrio entre os dois universos.
Visual futurista
A estética futurista é um dos elementos mais aguardados. O filme aposta em efeitos visuais de última geração e num design de produção que mantém o DNA da saga, marcado por luzes de neon, paisagens digitais e ambientes de pura imersão tecnológica.
Crítica especializada
‘Tron: Ares’ alcançou 57% de aprovação no site norte-americano agregador de críticas Rotten Tomatoes, com base em 60 avaliações. Para efeito de comparação, o clássico ‘Tron’ (1982) conquistou 61% de aprovação, enquanto sua sequência ‘Tron: O Legado’ (2010) teve uma recepção mais morna, com 51% de aprovação.
A recepção foi dividida: enquanto alguns elogiaram os feitos visuais e a tentativa de revitalizar a franquia, outros apontaram falta de originalidade e excesso de nostalgia.
“Enquanto o filme original da Disney de 1982, no qual este se baseia, parecia estar à frente de seu tempo, a mais recente tentativa de Sean Bailey de transformar a marca Tron em uma franquia soa, em sua maioria, como um exercício de nostalgia”, disse Peter Debruge da Variety.
“Não é um clássico instantâneo da ficção científica, mas há coisas piores do que ser um balde de pipoca pós-verão surpreendentemente divertido”, disse David Rooney do The Hollywood Reporter.
“Ares prova que a terceira vez é a que vale, com este filme que finalmente começa a explorar as possibilidades do mundo criado há mais de 40 anos”, disse Ross Bonaime do Collider.
“Ou já estava mais do que na hora de um reboot, ou a franquia deveria ter admitido que alcançou seu auge e encerrado as atividades. A Disney optou pela atualização do sistema. De qualquer forma, é ‘game over’”, disse David Fear da Rolling Stone.
“É um filme cujo único objetivo é transformar ‘Tron’ em um recurso renovável por si só… Se nada mais, ‘Ares’ talvez seja relevante, agradável e pouco exigente o suficiente para conseguir isso”, disse David Ehrlich do IndieWire.
“O fato de que a maior parte do filme se passa no mundo real, em vez da Grade iluminada por néon, é o que diferencia Ares do que veio antes, mas isso também reduz significativamente o potencial visual do filme em comparação com seus antecessores”, disse Emily Garbutt do GamesRadar+.
‘Tron: Ares’ estreia hoje nos cinemas do país e a classificação indicativa é para maiores de 12 anos.
Marcelo Rezende
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