“F1 – O Filme” estreia hoje nos cinemas do país

Foto: Reprodução
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Longa sobre Fórmula 1 estreia hoje com cenas filmadas durante GPs reais e produção assinada por Brad Pitt e pelo heptacampeão Lewis Hamilton

Chega às telonas de Campo Grande nesta quinta-feira (26) a aguardada estreia de“F1 – O Filme”, uma superprodução protagonizada por Brad Pitt e Damson Idris que promete levar o público para dentro das pistas da Fórmula 1. Dirigido por Joseph Kosinski (Top Gun: Maverick) e embalado por uma trilha sonora imersiva ao som de “The Chain” do Fleetwood Mac, o longa é um mergulho cinematográfico no mundo das corridas, combinando drama, adrenalina e bastidores do automobilismo profissional. A produção conta com o envolvimento direto do heptacampeão Lewis Hamilton, também produtor do projeto, garantindo autenticidade às cenas gravadas durante etapas reais do campeonato mundial.

Na trama, Pitt interpreta Sonny Hayes, um veterano das pistas que sai da aposentadoria para ser mentor do jovem piloto Joshua Pearce, interpretado por Damson Idris. Integrando a fictícia escuderia ApexGP, a dupla enfrenta desafios técnicos, emocionais e políticos na tentativa de transformar a equipe em uma força competitiva no grid. O roteiro aposta em emoções dentro e fora dos autódromos, explorando temas como superação, legado e trabalho em equipe — tudo isso com sequências realistas de corrida e uma ambientação que impressiona, com apoio oficial da FIA e das 10 equipes de F1.

Com classificação indicativa de 12 anos (contém drogas lícitas e linguagem imprópria), “F1 – O Filme” tem 2 horas e 35 minutos e combina o prestígio de um elenco estrelado, que inclui ainda Kerry Condon, Javier Bardem e Tobias Menzies, com a força visual da direção de Kosinski e a assinatura de Hans Zimmer na trilha sonora. A estreia é um dos destaques do fim de semana em todos os cinemas de Campo Grande para esta quinta-feira (26).

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Ínicio de Tudo

Além de protagonista, Brad Pitt também assina a produção do filme e contou, em entrevista à Fórmula 1, que sua conexão com o automobilismo vem desde a infância. “Sempre gostei de correr. Quando era garoto, já me fascinava por tudo que envolvia velocidade”, revelou. Nos anos 90, Pitt chegou a se envolver com o universo da MotoGP, mas foi na Fórmula 1 que encontrou sua verdadeira paixão pelas pistas. “Simplesmente não havia corridas suficientes para mim. Aí comecei a acompanhar a F1… e agora, aqui estamos”, disse o ator, emocionado ao lembrar da era de McDowell e de como é especial ver seu filho também se interessando pelo esporte.

Para Pitt, o desejo de fazer um filme sobre o universo da Fórmula 1 amadureceu ao longo dos anos, mas ganhou força com o apoio de nomes importantes da indústria cinematográfica e do próprio esporte. “Acho que o que realmente fez isso acontecer foi o apoio que recebemos. As pessoas estavam interessadas, queriam ver esse filme acontecer. Ter alguém como a Apple por trás foi decisivo”, contou. A ideia ganhou ainda mais força quando o diretor Joseph Kosinski e o produtor Jerry Bruckheimer vindos do sucesso de “Top Gun: Maverick”, entraram no projeto. “Joe virou para mim e disse: ‘Quero fazer o filme mais realista de corrida que já vimos’. E eu acho que foi exatamente isso que fizemos”.

Filmado durante finais de semana reais de competições e com envolvimento direto das equipes, pilotos e da FIA. O filme teve o orçamento de US$ 300 milhões, equivalente R$ 1,5 bilhões de reais, o que o torna um dos filmes mais caros já produzidos. Pitt elogiou o comprometimento da produção em capturar o clima real das pistas e a rotina dos bastidores, trazendo para o cinema não apenas a velocidade das corridas, mas também o lado humano dos pilotos e das equipes. O resultado é um filme que, segundo ele, “não é só sobre carros, é sobre pessoas, paixão e coragem”.

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Crítica

O filme alcançou 88% de aprovação no Tomatômetro, a métrica da plataforma especializada Rotten Tomatoes, baseada em 188 críticas e avaliações.
Em crítica publicada no site Omelete, o jornalista e crítico de cinema Thiago Romariz avalia F1 – O Filme como uma obra que consegue transformar uma história previsível em uma experiência cinematográfica grandiosa. Segundo ele, o longa entrega uma jornada de ação impecável, com um desfecho suficientemente emocionante para ofuscar os clichês comuns ao gênero. “É daqueles filmes que elevam a experiência do cinema pelo impacto sonoro, pela imersão nas imagens e pelo apelo coletivo que carrega na jornada de superação”, escreveu Romariz.

O crítico enxerga o filme como parte de um movimento maior dentro do cinema americano atual, que busca retomar o fôlego das grandes narrativas heróicas. Para Romariz, F1 se firma como uma “amálgama tecnológica e cultural” capaz de resgatar o espírito das superproduções que encantam pelo espetáculo visual, mas que também se preocupam com o lado humano das histórias. A combinação entre realismo técnico, fotografia de impacto e um roteiro que se apoia na simplicidade emocional do protagonista cria uma experiência completa para o público.

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Já o colunista e crítico de cinema, Donald Clarke, do Irish Times, comparou o longa a clássicos do gênero, como Grand Prix (1966), e destacou que, apesar do início frenético, o filme acaba apostando mais no espetáculo do que na crueza da realidade vivida pelos pilotos. Para Clarke, os acidentes em F1 têm consequências leves e a narrativa, embora barulhenta na tela grande, pouco avança em realismo além do que se vê nas transmissões televisivas.

Em contrapartida, o crítico elogia a escalação da atriz Kerry Condon como diretora técnica da equipe fictícia ApexGP, destacando o frescor e a autenticidade que seu sotaque natural traz à produção — um detalhe que, segundo ele, injeta veracidade a uma trama que por vezes parece mais glamourosa do que verdadeira.

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Lewis Hamilton

Campeão e referência na F1 e em todo setor automobilístico, a participação de Lewis Hamilton em F1 – O Filme vai muito além de um nome nos créditos de produção: ela foi decisiva para garantir a autenticidade do universo retratado nas telonas. Desde os primeiros estágios do projeto, o heptacampeão mundial esteve ativamente envolvido em decisões criativas e técnicas. Em entrevista ao site oficial da Fórmula 1, Hamilton relembrou como se encontrou com Brad Pitt, revisou o roteiro, participou da seleção de elenco e acompanhou as reuniões iniciais com a Apple e a própria F1.

Sua contribuição não se restringiu ao enredo ou à estrutura narrativa, mas alcançou detalhes técnicos de

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corrida que só alguém com a experiência de Hamilton poderia oferecer. Ele colaborou sobre sons específicos dos carros em diferentes condições de pista, simulação realista de acidentes e comportamentos comuns durante uma prova. Essa precisão ajudou a elevar o nível de realismo do filme, aproximando o público não apenas do espetáculo das corridas, mas também da sensibilidade e dos desafios enfrentados por quem vive essa realidade.

Brad Pitt e Joseph Kosinski também destacaram o valor de Hamilton na produção. Pitt afirmou que, mais do que um especialista em automobilismo, Hamilton se mostrou um parceiro generoso e dedicado, disposto a investir horas do seu dia respondendo a perguntas da equipe. Já Kosinski ressaltou que a sensibilidade do piloto foi fundamental para traduzir em cinema a emoção que envolve o esporte. “A autenticidade que ele trouxe foi essencial. Desde o som de uma marcha até a forma como um carro se move na reta, tudo carregava a precisão de quem conhece o mundo das pistas como ninguém”, finaliza o cineasta para a F1.

 

 

Amanda Ferreira

 

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