Após ser condenado por agressão sexual e estupro no mês passado, o ex-produtor de cinema Harvey Weinstein foi condenado a 23 anos de prisão nesta quarta-feira (11). O caso foi reconhecido como uma vitória do movimento #MeToo contra abusos sexuais.
A sentença foi proferida no tribunal criminal de Manhattan pelo juiz James Burke, que presidiu o julgamento de Weinstein. Um júri em 24 de fevereiro considerou Weinstein, de 67 anos, culpado de agredir sexualmente a ex-assistente de produção Mimi Haleyi e de estuprar a ex-aspirante a atriz Jessica Mann.
“Sinto remorso por todos os homens que estão passando por essa luta”, disse Weinstein ao tribunal antes de ser sentenciado.
No processo de sexta-feira, os promotores listaram mais de uma dúzia de acusações contra Weinstein desde 1978, quando disseram que ele agrediu sexualmente uma funcionária de sua companhia musical de Buffalo, em Nova York, em um quarto de hotel.
Outrora um dos produtores mais influentes de Hollywood, Weinstein enfrentava a possibilidade de uma sentença máxima de 29 anos de prisão.
O procurador Cyrus Vance, do distrito de Manhattan, disse a repórteres que o juiz “enviou uma mensagem hoje de que esse tipo de comportamento é algo que qualquer potencial infrator terá que considerar. O juiz levou isso a sério, e é exatamente como achamos que ele deveria ter. E somos gratos.”
O júri de sete homens e cinco mulheres absolveu Weinstein das acusações mais graves, uma acusação de estupro em primeiro grau e duas acusações de agressão sexual predatória, com uma potencial sentença de prisão perpétua. Essas acusações foram baseadas em depoimentos da atriz Annabella Sciorra, que disse que Weinstein a estuprou no início dos anos 90.
Os advogados de Weinstein pediram na segunda-feira que Burke impusesse a sentença mínima de 5 anos, pedindo que ele considerasse as atividades de caridade de Weinstein enquanto disseram que uma sentença mais longa provavelmente significaria que Weinstein morreria na prisão.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Agência Brasil)