Diário da Favela; Documentário de mulheres apoiadas na pandemia

Dando voz às diversas mães e famílias desassistidas que vivem nas favelas da Capital, sábado (18), a Central Única das Favelas de Campo Grande (Cufa) lança seu documentário “Diário da Favela: Mulheres”, em live pelo canal do YouTube da Cufa MS, às 20h.

Com entrevistas colhidas durante as ações – da segunda metade do mês de maio até a primeira quinzena de junho – da Cufa Campo Grande, a coordenadora Livia Lopes explica que: “para conseguirmos mais doações e visibilidade para os nossos projetos, a principal característica é registar tudo o que a gente faz. É importante – onde aquela Cufa está – que as pessoas vejam as ações naquela cidade e estado. A partir disso percebemos que seria muito interessante não só registar a ação em si e postar, mas também ter relatos, histórias daquela favela, daquela mãe, daquela família”, diz.

“Percebemos a importância disso. Não só registrar a ação de uma cesta básica, mas também parar para conversar e entender tudo aquilo. Quando a gente parou e viu o processo disso, percebeu a importância de que isso vire um documentário grande. Que não seja só pequenos registros, mas algo que a gente possa impactar e mostrar à população essas histórias”, afirma Livia.

Por meio do Fundo Baobá de Equidade Racial, elas conseguiram verba para a compra do material usado na produção do documentário. Karen Freitas é responsável pela direção dessa obra audiovisual e comenta que: “muitas coisas aconteceram fora do planejado. Às vezes coisas que pensávamos ser uma dificuldade ou questão para aquela mulher, na verdade não era”.

“Então nos desprendemos um pouco do roteiro em vários momentos, e dessa maneira certos aspectos da vida de algumas entrevistadas não foram explorados em todas as entrevistas. Nos aproximamos mais dos moradores de cada favela. Até mesmos dos que não foram entrevistados. Antes da gravação começar nós escutamos um pouco da história das mulheres entrevistadas”, diz ainda a diretora do documentário.

Livia aponta que essa é uma forma de: “dar esse espaço para essas mães, mulheres. A gente sabe que, na maioria das favelas, são mulheres, mães solteiras que moram. Que também vai outra questão além da favela, não só o preconceito e racismo, mas também de machismo, misoginia”.

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(Texto: Léo Ribeiro, publicado no site por Karine Alencar)

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