Apesar de fundamental para a prevenção do coronavírus, uso frequente pode causar ressecamento na pele
Passar álcool gel e lavar as mãos com água e sabão se tornaram hábitos de higiene fundamentais neste momento de pandemia do novo coronavírus. Mas, apesar de essenciais, esses cuidados podem deixar a pele áspera e ressecada.
De acordo com a médica dermatologista Isabela Domingos, o álcool gel retira a camada lipídica da pele e pode causar alergias. “A camada lipídica é responsável por evitar o ressecamento, mantendo a hidratação da pele. O álcool gel em excesso provoca ressecamento da pele e pode piorar alergias e dermatites”, explica a especialista.
Fina e sensível, a pele que reveste o dorso das mãos conta com poucas glândulas sebáceas e, consequentemente, tende a tornar-se áspera e desidratada, em alguns casos, a pele chega até a rachar.
“Ele é um ótimo aliado na prevenção do coronavírus, mas o uso excessivo pode causar ressecamentos e rachaduras na pele. No momento atual em que vivemos, com a pandemia do coronavírus, não existe uma frequência ideal que equilibre proteção ao coronavírus e hidratação das mãos. Recomenda-se usá-lo todas as vezes que for necessário para manter as mãos limpas”, orienta a médica dermatologista.
Para evitar o ressecamento das mãos a médica dermatologista aconselha que o álcool deve ser usado somente quando for preciso sair de casa. “Utilizar o álcool gel apenas quando estiver fora de casa, em locais onde lavar as mãos não for possível. Em casa, preferir lavá-las com água e sabonete”.
Mãos hidratadas e macias
A boa notícia é que você pode e deve continuar seguindo todos os cuidados de higiene para se proteger da Covid-19.
• Preferir lavar as mãos quando for possível;
• Hidratar as mãos sempre que passar o álcool;
• Invista em um creme hidratante específico para as mãos, bem espesso e emoliente. Usar um creme mais hidratante, durante a noite. Procure por produtos que tenha na composição: aloe vera, D-pantenol, vitamina E, esqualano ou ácido hialurônico.