Bloco se despediu da Folia de Momo de 2025
No encerramento do Carnaval de 2025, na terça-feira, 4, o Cordão Valu levou 25 mil foliões à Esplanada Ferroviária, segundo a Polícia Militar, o mesmo número de foliões que compareceram ao local, no sábado, 1º de março, na primeira apresentação oficial do bloco, na Folia deste ano. No acumulado das duas festas, 50 mil pessoas brincaram no Carnaval do Cordão. Ainda de acordo com a PM, nas duas apresentações, não houve ocorrências no âmbito da festa. “Foi tudo muito tranquilo. Isso mostra que, no carnaval do Cordão Valu, impera só a alegria e a paz Todos em segurança”, ressaltou a presidenta do bloco.
Outro destaque foi que, neste ano, a Folia do Cordão foi temática, um verdadeiro grito de resistência ao racismo e a qualquer outro tipo de preconceito. A ação é coerente com o que os seus fundadores pregaram, ao longo dos 18 anos de existência do bloco, e com os homenageados pelo Cordão, neste Carnaval, ou seja, os 50 anos de fundação do Ilê Aiyê, da Bahia, o primeiro bloco afro do país, e aos 40 anos de atividades do Grupo TEZ – Trabalho e Estudos Zumbi – no estado, pela luta que ambos travam em favor da igualdade racial.
“Estamos aqui para lutar contra o racismo, e a todo e qualquer tipo de preconceito”, afirmou Silvana, acrescentando: ” O Cordão Valu é raiz, é madeira, somos resistência”. Na terça-feira, a presidenta do bloco, vestiu fantasia em homenagem ao Ilê Aiyê.
A folia de encerramento do Carnaval do bloco, começos às 16h, com a festa das crianças do Valuzinho. Ostentando fantasias, os pequenos foliões brincaram, ao som de antigas marchinhas de Carnaval, e de canções que dizem respeito ao universo infantil, como “Balão Mágico”, e sucessos gravados pela então apresentadora Xuxa. Animou a brincadeira do Valuzinho, a Banda de Marchinhas. Tudo na mais completa segurança.
Os shows da noite
O grupo Sambacaos foi a primeira atração, subindo ao palco, às 18h20. Era a sua estreia numa festa do Cordão, com grande público. E foi aprovado pelos foliões que, ao final da participação do grupo, pediram bis, e foram atendidos. Formado por artistas jovens, o Sambacaos toca em bares, na noite de Campo Grande. Suas especialidades: sambas clássicos, e de roda, e ijexa. “Esperanças Perdidas”, “Eu bebo sim”, “Velho Marinheiro”, e “É só pegar no cavaquinho”, foram algumas das canções apresentadas pelo grupo, que sacudiram os foliões presentes na Esplanada.
Em meio ao show do Sambacaos, houve a participação especial do cantor Edir Valu, pai da dona da festa. Sambista tradicional, Edir exalta a valorização do ritmo nacional. E cantou o clássico “Não deixa o samba morrer”.
O Sampri, foi a principal atração da noite, e a que encerrou a festa de despedida do Cordão, do Carnaval deste ano. Ao apresentar o grupo, Silvana Valu disse que a fato de a banda fechar a noite, era representativo, uma vez que as três componentes do Sampri, são mulheres negras, numa alusão ao tema antirracista deste ano, na Folia do Cordão.
A performance do grupo, fez tremer a Esplanada, com um eclético repertório, que vai de clássicos da MPB, ao axé music. A exemplo do Sambacaos, o público pediu “mais um”, e foi atendido pelas meninas do Sampri. Mas antes de encerrar o show, o grupo acompanhou a participação especial do cantor Silveira. Ao se despedir dos foliões, Silvana Valu disse que o Cordão já está pensando no Carnaval do ano que vem.
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