Complexo Policlínico Odontológico aposta no lúdico para tratamento de crianças com deficiência

Atendimento humanizado
Fotos: Valentin Manieri

O acolhimento proporciona às crianças um clima agradável com fadas do dente, brincadeiras e lembrancinhas

Em busca de formar profissionais mais atentos ao atendimento humanizado, a professora Fernanda Santiago, do Curso de Odontologia da Uniderp, promove um estágio de acolhimento prático e lúdico, para receber crianças especiais, de forma a tornar o atendimento odontológico mais agradável para os pequenos. A professora propôs aos alunos que buscassem realizar atividades lúdicas com temas do universo odontológico, com o objetivo de promover o aprendizado por meio de brincadeiras aos pacientes com necessidades especiais, que são atendidos na Policlínica às terças-feiras.

Todas as atividades foram desenvolvidas pelos acadêmicos do 7º semestre, matriculados na disciplina. “Eu fiz a proposta e os alunos me surpreenderam com a entrega que resultou em materiais incríveis”, comemora a professora.

Entre as atividades desenvolvidas estão jogos gigantes de tabuleiros, teatros de fantoches, jogos de memória e até entrega de lembrancinhas por fadas do dente. Tudo isso com a temática de saúde bucal.

“A odontopediatria é algo que penso e esse trabalho que estamos desenvolvendo é muito gratificante. Temos muito retorno e isso nos traz certa felicidade, ver as crianças aprendendo com o lúdico. Com certeza estamos aprendendo a lidar com todos os pacientes de forma lúdica, engraçada, além de conseguirmos orientar os pais da melhor forma possível”, afirma a acadêmica Maria Carolina Coelho, 23 anos.

Atendimento humanizado

Fotos: Valentin Manieri

 

Tratamento diferenciado

O retorno tem sido positivo e os alunos e a professora afirmam estar encantados com o sucesso da atividade e com a interação dos pacientes.

“O feedback dos pais é sempre positivo. Muitos contam que nunca haviam sido atendidos com essa recepção. Desse modo, podemos avaliar que o resultado é positivo tanto para o desenvolvimento e a formação de profissionais qualificados quanto para os pacientes que recebem o tratamento que merecem”, afirma a professora.

Elaine Dutra, 35 anos, é mãe da Yasmin Gabrielly Dutra. A filha de 13 anos tem paralisia cerebral, mas se comporta de forma exemplar durante o tratamento, um reflexo do acolhimento realizado pelos acadêmicos.

“É a segunda vez que a Yasmin é atendida aqui e está sendo ótimo. É importante para as crianças esse acolhimento, deixá-los mais tranquilos. Os alunos são muito educados e me sinto nas mãos de verdadeiros profissionais. Nunca havia sido recebida assim em nenhum lugar, e acredito que a forma como a Yasmin foi acolhida influencia muito no comportamento dela na cadeira odontológica, ela fica ali, quietinha”, afirma Elaine, que comenta também realizar os tratamentos odontológicos na Policlínica.

Desenvolvimento profissional

Os alunos envolvidos no estágio se mostram bem engajados na atividade e a desempenham com sentimento de gratidão. Palloma Falcão, 21 anos, conta que sempre quis fazer odontopediatria e que é apaixonada pela atividade proposta pela professora.

“Trabalhar com crianças especiais, eles têm uma abertura incrível e ficam tão à vontade que até pedem foto com a gente. Nós ainda não realizamos o atendimento clínico neles, apenas fazemos o acolhimento, por enquanto. As crianças chegam aqui, e daí incentivamos elas por meio do teatro e de outras atividades, ensinando a fazer a escovação corretamente, por exemplo, e elas interagem muito bem”, pontua Palloma.

De acordo com a professora Fernanda Santiago, a atividade desenvolvida pelos acadêmicos também traz benefícios para a comunidade. São 19 alunos e cerca de 28 crianças atendidas durante o estágio.

Clínica-escola

A coordenadora do Complexo Policlínico Odontológico da Uniderp, Déborah Soto Kohl, relembra que o local é uma clínicaescola, portanto, todos os atendimentos são realizados por estudantes, por meio de supervisão dos professores.

“Nós temos um custo para o atendimento, mas esse é ainda bem menor do que os cobrados em tabelas sociais, por exemplo. Já para PNE (Pacientes Especiais), os atendimentos são gratuitos. Basta os pais entrarem em contato com a gente e realizar o agendamento”, afirma.

Horário de funcionamento: o Complexo Policlínico Odontológico da Uniderp funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h e das 13h30 às 17h. Os telefones para contato são (67) 3348-8432 ou (67) 3348-8151.

(Texto de Beatriz Magalhães)

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