Como Studio Ghibli desbravou um novo caminho para as animações

Foto: Internet/ Reprodução
Foto: Internet/ Reprodução

Nos últimos tempos quando se pensa em animações o que vem em nosso imaginário é uma enxurrada de produções norte-americanas. Principalmente por esse mercado contar com forte incentivo financeiro dos grandes estúdios e também de grupos de pessoas que acreditam em suas ideias e acabam se juntando para produzir algo bacana que posteriormente pode virar uma franquia. Aqui no Brasil esse tipo de produção ainda é meio difícil de ser executada, porém tem caminhado muito bem nos últimos anos. Em outros países como o Japão há uma cultura muito bem estabelecida de animes e que mescla muito bem com a cultura local, talvez seja o motivo pelo qual faz tanto sucesso ao redor do globo. 

Quando pensamos em filmes da terra do sol nascente logo vem à cabeça alguma produção do famoso Studio Ghibli, que produziu obras-primas como “Meu Amigo Totoro” (1988), “Princesa Mononoke” (1997) e vários outros sucessos que, até hoje, fazem quem cresceu com esses filmes reflita sobre o significado de personagem, de objetos e até mesmo a criação artística fantástica de comidas e ambientes que deixa qualquer um de queixo caído.

As histórias giram em torno das descobertas sobre a vida e até mesmo abordam uma visão menos dualista de que as pessoas podem ser boas e ruins, basta analisar o contexto. Isso também é um fato muito curioso, pela ótica de que não dá pra odiar algum personagem dos filmes cem por cento. É fantástico como o ponto de vista de cada indivíduo é abordado dentro da história da forma mais orgânica possível, é claro que há uma estranheza pela forma com o roteiro vai nos dando informações e como a narrativa deixa claro como a trajetória vai contra tudo que vimos e, enriquece nossa biblioteca mental. 

No ocidente, na virada do novo século, surgiram diversas animações calcadas em comédia cotidiana como “Os Simpsons”, “South Park”, “O ´Rei do Pedaço”. E posteriormente serviriam com inspiração para uma infinidade de programas com uma linguagem mais pesada destinada somente para adultos como “American Dad”, “F is for Family” e “Mr. Pickles”. 

Os estúdios Ghibli fomentaram muito da cultura japonesa desde costumes até como funcionam as crenças em divindades. O Studio Ghibli toca em várias partes sensíveis da história da humanidade misturado ao seu mundo fantástico, temas como segunda guerra, que assolaram o japão são retratados em vários filmes e até mesmo esse medo da guerra iminente e como pode ser evitada, como vemos no plano de fundo de “O Castelo Animado” (2005), esse grande diferencial em tratar sobre temas mais sensíveis e ao mesmo tempo inserir a vida cotidiana beira a perfeição. 

(Confira mais na página C3 da versão digital do jornal O Estado)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *