Marcelo Rezende
Em alusão ao Dia Internacional da Mulher resolvi elencar cinco mulheres de representatividade na história do rock. O espaço é pequeno, mas aqui vão algumas de que gosto muito e tenho imenso respeito por suas carreiras e biografias.
Janis Joplin é uma das mulheres mais importantes da história do rock. Sua voz emblemática fez dela uma referência mundial no rock e no blues. O timbre rouco e poderoso faz com que Janis siga insubstituível. Canções como “Sumertime”, “Cry Baby” e “Piece of My Heart” eternizaram a cantora como uma das maiores artistas de todos os tempos. Partiu cedo aos 27 anos, entrando para a famigerada lista do clube dos 27. Fazem muita falta suas apresentações incendiárias, cheias de felling e carga emocional como poucas demonstraram em um palco.
Tina Turner é um exemplo de superação e talento. Com 81 anos recém-completados no dia 26 de fevereiro, Tina é uma das grandes divas do rock. Sofreu nas mãos de Ike Turner, seu marido abusivo, mas livrou-se desse mal dando a volta por cima e tornando-se um fenômeno da música pop. Tina Turner é uma artista que mostra o verdadeiro significado da palavra show em seus concertos. Cantando e dançando sem parar em mais de duas horas de espetáculo é um exemplo para jovens “cantoras” que usam playback nas apresentações alegando que é difícil cantar e dançar por muito tempo. Tina tem inúmeros hits nas paradas de sucesso, desde “Proud Mary”, “The Best” e “We Don’t Need Another Hero”. Ela é considerada uma das dez maiores artistas de todos os tempos – entre homens e mulheres – e vendeu 200 milhões de cópias.
Joan Jett é uma mulher de respeito! Cantora, compositora, guitarrista, baixista, produtora musical e atriz, está também entre as mulheres mais importantes da história do rock. Com a banda The Runaways colocou as meninas em evidência, num universo predominantemente masculino e arrebentaram durante a década de 1970. Em sua carreira solo durante os anos de 1980 e 1990, Joan Jett foi nomeada pela “Rolling Stone” a 67ª melhor guitarrista de todos os tempos. Ela é uma das duas mulheres da lista, a outra é Joni Mitchell, que ocupa a 75ª posição. Em 2010 o filme “The Runaways – Garotas do Rock” mostrou o início, a ascensão e o fim da banda. Joan Jett é conhecida mundialmente pela canção “I Love Rock’n’Roll”, que ficou no 1º lugar da Billboard de 30 de março até 1º de maio de 1982, além de ser considerada pela Billboard a 28ª melhor música de todos os tempos.
Se não tiver Rita Lee nesta lista nem me atrevo a falar das “Rainhas do Rock”. Ela fez parte da icônica banda Os Mutantes e a carreira solo conta com 30 álbuns de estúdio e 7 ao vivo. Seu legado para a música brasileira não tem preço. De personalidade marcante, cheia de bom humor e carisma, Rita Lee curte seu momento escritora com sete livros de ficção e uma autobiografia. Em outubro de 2008, a revista “Rolling Stone” promoveu a Lista dos 100 Maiores Artistas da Música Brasileira, onde Rita Lee ocupa o 15° lugar.
Outra cantora que faz muita falta é Cássia Eller. Em 20 anos de carreira, Cássia foi cantora e compositora de primeira linha. Lançou cinco álbuns de estúdio em vida: “Cássia Eller” (1990), “O Marginal” (1992), “Cássia Eller” (1994), “Veneno AntiMonotonia” (1997) e “Com Você… Meu Mundo Ficaria Completo” (1999). Seu sexto álbum de estúdio, “Dez de Dezembro” (2002) foi lançado postumamente. Sem contar que o álbum mais bem-sucedido de Cássia foi o “Acústico MTV” (2001), com mais de 1 milhão de cópias vendidas e um prêmio Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock. Como sinto saudade da sua voz e da figura poderosa que era no palco. Infelizmente Cássia Eller morreu aos 39 anos, no 29 de dezembro de 2001.
Espero que a lista tenha agradado e deixo aqui minha eterna gratidão a todas as guerreiras anônimas que merecem os parabéns todos os dias do ano. Feliz 8 de março, meninas!