Nesta quinta-feira (8), sai pela cidade o Bloco Evoé Baco, Com concentração na Rua Antônio Maria Coelho, 1189 e às 20h saem em cortejo até a Rua Marechal Cândido Mariano Rondon, 1.500. Na sexta-feira (9), saem os blocos: Bloco do Reggae, do Monumento Maria Fumaça, na Orla Ferroviária, das 15 às 23 horas; Bloco Farofolia, da Esplanada Ferroviária, das 16 às 23 horas e o Bloco Só Love, da General Melo, das 18h às 23 horas.
O bloco Evoé Baco foi criado em 2011 e saiu pela primeira vez em formato de bloco em 2012 a partir do Seminário Arena Aberta, que o Teatro Imaginário Maracangalha organiza cada vez que faz um evento de rua, que na época era o Sarobá.
“O cortejo é uma linha de pesquisa que o grupo executa há 18 anos. O carnaval é um cortejo, e dentro dessa pesquisa de carnaval nós fizemos o Evoé Baco, homenageando Baco, o deus do carnaval e o grito de Evoé que os antigos gregos e romanos gritavam nas festas quando ocupavam os espaços das cidades em festejos públicos”, explica Fernando Cruz, ator e diretor de teatro e coordenador do bloco.
“Nós celebramos o carnaval como grande ato da arte e da cultura popular. O formato do bloco antigamente chamava-se bloco sujo, é um bloco improvisado, de chão, tradicional, original. Não existe carro de som, o público que coletivamente toca e canta a música. As pessoas levam seus instrumentos, as suas ideias, e na hora o cortejo se auto-organiza e sai pelas ruas cantando, tocando, o que nós chamamos de anarcocharanga. É uma charanga popular feita com o público, com o povo”.
Este ano o bloco vai homenagear os carnavais da 14 de Julho. “Segundo pesquisas históricas, o carnaval de rua de Campo Grande nasce na 14 de Julho. A partir de 1912, 1913 começam a se realizar corsos com aqueles carros decorados, festivos que saíam em desfiles pela rua. Aí depois os blocos começam a surgir e desfilam na 14 e na década de 1970 é legitimado nesse espaço com as escolas de samba até o carnaval ser retirado do centro. Nós estamos celebrando a memória da cidade, os carnavais da 14 de Julho”.
Já o Bloco Reggae foi fundado em 2011 (segundo bloco de rua logo após o Cordão Valú), no formato de Bloco Sujo de Carnaval. “Homens se vestiam de mulher e mulher de homem para curtir ao som dos sambas enredos, marchinhas, maracatu e um pouco de reggae, com cortejo, atrás do carro de som, ao som das marchinhas de carnaval. Em 2018 com a explosão de blocos de rua e com o desuso da fantasia de travesti, ‘Travesti não é fantasia de Carnaval’, resolvemos mudar definitivamente para Bloco Reggae e assumir as cores do reggae, verde, amarelo, vermelho e preto que simbolizam a união de todas as raças”, diz Diego Manciba, o coordenador do bloco.
O tema para esse ano é ” Máximo Respeito” um termo muito usado na cultura reggae e que simboliza o respeito na sua maior expressão entre todos os seres humanos. “Dentro desse tema existem Tópicos da Campanha: “Não é não; Beba com Moderação e Conscientização sobre Álcool e Direção; Cada um Cuida do Seu Lixo; Respeito à Diversidade; Solidariedade em Ação; Preservação do Patrimônio Histórico. No dia o Instituto Causadores da Alegria estará arrecadando roupas usadas, agasalhos”.
O Bloco Só Love está estreando no circuito oficial de Campo Grande. Surgiu a partir do desejo de seu fundador, Guilherme dos Santos Ramos, de contribuir para o fortalecimento do carnaval de Campo Grande: “Sou de Campo Grande mas morei no Rio de Janeiro por alguns anos e desde que retornei quis contribuir para o fortalecimento do carnaval de CG. Queria um bloco que tivesse exatamente o que me faz ser apaixonado por essa data. Celebrando as músicas que cresci ouvindo nas matinês e blocos que minha mãe me levava. Esse ano vamos explorar a brasilidade como tema, com direito a roda de samba e muita música que o brasileiro gosta. Vai animar a folia o Grupo Samba do Caramelo Além de mais dois DJs. Dia 9 de fevereiro espero vocês para curtir a sexta de carnaval ao som de boa música e muita alegria, nossa festa começa às 18h e estão todos convidados para se jogar na folia com a gente”.
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Com informações FFMS