A indústria criativa está entre os mais dinâmicos setores do comércio mundial, segundo relatório lançado pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento. Sua atividade econômica, a chamada economia criativa, é considerada eixo estratégico de desenvolvimento para diversos países e continentes. No Brasil, em âmbito federal, o Ministério da Cultura criou a Secretaria da Economia Criativa, no intuito de incentivar as instâncias produtivas do setor cultural e encaminhar políticas e diretrizes para seu desenvolvimento. Mas, e os agentes dessa cadeia produtiva cultural brasileira, estão preparados para os novos, e até mesmo velhos desafios do mercado cultural? Quais são suas fontes de informação e referências para se organizarem dentro do setor? A busca por respostas a essas questões foi determinante para a elaboração do Panorama Setorial da Cultura Brasileira.
O projeto tem como objetivo principal disponibilizar informações de qualidade, pioneiras e inovadoras para o setor cultural, além de facilitar o planejamento de atividades dos atores dessa cadeia produtiva, ou seja, os agentes (artistas, produtores e fornecedores), viabilizadores (iniciativa privada e governo), difusores (pontos de distribuição de produtos culturais e divulgadores) e o público consumidor. Foi elaborado como um projeto de pesquisa de mercado, com recorte na economia da cultura. Sua primeira edição, lançada em 2012, ouviu tanto produtores como investidores da cultura, da iniciativa privada e governo. A segunda edição, lançada em 2014, investigou o público brasileiro e suas motivações para consumir cultura. E, finalmente, a pesquisa realizada no biênio 2017-2018, desvendou aspectos dos difusores culturais, ou seja, aqueles que distribuem e divulgam a cultura nos ambientes físicos e digitais. O projeto levanta, cruza e analisa dados, aponta caminhos possíveis, interliga informações, une pontas fundamentais para a compreensão da produção cultural no Brasil e instrumentalização de seus agentes. A proposta chega a Campo Grande nos dias 8 e 9, com quatro oficinas gratuitas.
Oficinas
Oficina 1 – A cadeia produtiva da cultura e os resultados do estudo PSCB, com Gisele Jordão. Ela apresenta os principais dados da coleta nacional para o planejamento de ações culturais, seja no âmbito de produção artística, seja na dimensão de políticas culturais. Procura sensibilizar para a importância do planejamento estratégico, no desenho de ações culturais, atualizado após a crise mundial de covid-19. Público-alvo: artistas, produtores, distribuidores, divulgadores, agentes viabilizadores, estudantes universitários de produção cultural, artes, comunicação, administração, fornecedores, imprensa, difusores digitais de cultura e interessados em geral.
Oficina 2 – Oficina de Produção, com Cao Quintas. Procura favorecer o entendimento do planejamento e desenvolvimento de projetos culturais. Modelar projetos culturais e a adequação do produto cultural a editais públicos e privados. Público-alvo: produtores de atividades culturais, gestores de bens e atividades culturais, estudantes universitários de produção cultural, artes, comunicação, administração e demais ciências humanas, artistas, fornecedores e interessados no tema.
Oficina 3 – Distribuição e divulgação de atividades culturais, com Roberta Iahn. Planejar e executar a comunicação de projetos culturais. Entender como a difusão das artes constrói, junto com a produção e com o consumo, os sentidos da cultura. Dimensionar a importância dos processos de comunicação na construção da produção e consumo culturais. Conhecer os fluxos de influência nas artes e as redes de comunicação operantes com seus públicos. Público-alvo: agentes atuantes na divulgação e distribuição de atividades culturais, imprensa, gestores de equipamentos culturais, gestores de redes digitais da cultura, difusores digitais de cultura, assessores de imprensa e interessados no tema.
Oficina 4 – Captação de recursos e viabilização de projetos culturais, com Gisele Jordão. Conhecer as formas possíveis de viabilização de projetos culturais. Entender as práticas de investimento e atuação em cultura, os critérios que perpassam as decisões de investimento e patrocínio, além da avaliação dos resultados destes investimentos, na percepção dos gestores e decisores de investimento em cultura. Público-alvo: produtores, gestores e proponentes de projetos culturais, investidores da iniciativa privada e governo, gestores e decisores de investimentos em cultura.
Coordenadora
Gisele Jordão, coordenadora do projeto, é pesquisadora e especialista em artes. Graduada em comunicação social, mestre em gestão internacional, doutora em comunicação e práticas de consumo (ESPM-SP). É coordenadora do curso de cinema e audiovisual da ESPM São Paulo e professora dos cursos de propaganda e administração, desde 1999. A partir de 1993, como sócia da 3D3 Comunicação e Cultura, é responsável pela pesquisa e desenvolvimento de estratégias de gestão cultural e ampliação do acesso à cultura, bem como o fomento de expressões artísticas. Valores como a comunicação consciente e a sustentabilidade tem pautado seus últimos anos de experiência. Desde o início de sua carreira, realiza pesquisas de comunicação, no intuito de compreender formas para a ampliação da participação e da relevância da produção cultural.
Serviço: Portal do projeto – http:// panoramadacultura.com.br Data: 8/9/2023 – das 8h às 12h (Oficina 1); das 14h às 17h (Oficina 2); Data: 9/9/2023 – das 9h às 12h (Oficina 3); das 14h às 16h (Oficina 4) Local: Sesc Cultura – Av. Afonso Pena, 2.270, Centro – Campo Grande-MS. Tel. (67) 3311-4417 Credenciamento gratuito: https:// credenciamento.espm.br/pscb.
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