Com o adiamento de todos os filmes originalmente programados para entrar em cartaz nesta quinta-feira (19) e de dezenas de outros que estreariam nas próximas semanas, o Brasil já tem quase 600 salas de cinema fechadas.
De acordo com o portal Filme B, especializado em mercado cinematográfico, a pandemia de coronavírus que se alastra pelo país foi responsável pelo encerramento das atividades em 577 salas, de um total de cerca de 3.500 (cerca de 16%).
Quase todos os estados foram afetados, sendo o Rio de Janeiro o responsável pelo pior cenário para o parque exibidor, já que o governador Wilson Witzel determinou a suspensão de cinemas, teatros e casas de shows por 15 dias, contados a partir da última sexta (13).
Em meio a este cenário, as bilheterias nacionais tiveram uma queda expressiva de público, com menos de um milhão de pessoas indo assistir aos 20 líderes de bilheteria exibidos nas salas remanescentes no último fim de semana.
Para acatar as recomendações das autoridades, redes de cinema que operam em São Paulo também estão fechando as portas indefinidamente. Espaço Itaú de Cinema, Petra Belas Artes e Cinesala anunciaram a decisão nesta segunda (16).
No Rio, a regra de suspensão das salas gerou um impasse para a Cinemark, que, de acordo com o portal G1, ofereceu a seus funcionários duas opções: aceitar um plano de demissão voluntária ou um curso de qualificação remunerada, no qual o funcionário receberia uma parcela do salário.
Procurada pela reportagem, a Cinemark não se manifestou sobre o caso. Mas divulgou um comunicado em que pede ao governador de São Paulo, João Doria, a obrigatoriedade de fechamento das salas de cinema do estado.
(Texto: Folhapress com João Fernandes)