Primeira edição do evento literário mistura debates, arte e identidade regional em nove dias de programação gratuita
Em seu fim de semana de estreia, a Bienal Pantanal levou mais de 12 mil pessoas ao Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, e confirmou o interesse do público por um espaço dedicado à literatura e à cultura regional. O evento, que segue até 12 de outubro, reúne escritores, editoras, artistas e leitores em uma programação gratuita que inclui palestras, oficinas, apresentações e lançamentos de livros.
Com 129 atividades distribuídas em 108 horas de programação, a Bienal oferece mais de 70 toneladas de livros de 200 editoras e 24 expositores. O público tem à disposição cerca de 20 mil títulos, além de apresentações de teatro, música, dança e gastronomia. A proposta é que o evento, em sua primeira edição, entre de forma permanente no calendário nacional do livro.
Foto: Reprodução/Bruno Rezende
A abertura oficial ocorreu no sábado (4), com shows de Almir Sater e Maria Alice. Durante a cerimônia, o governador Eduardo Riedel destacou o papel da Bienal como marco cultural. “Ninguém faz nada sozinho, desde quando apresentaram a ideia eu topei participar e juntamos forças para realizar este grande evento, que está na primeira edição e não vai sair mais do calendário estadual e nacional. A Bienal Pantanal nasceu para ser grande, com mais de uma semana de atividades intensas, o que nos dá muito orgulho”, afirmou.
No domingo (5), a programação seguiu com palestras e mesas de debate, entre elas a do historiador Leandro Karnal, com mediação do escritor Febraro de Oliveira, que lotou o Auditório Manoel de Barros com 1.100 pessoas. A conferência abordou a importância da leitura e da cultura como instrumentos de transformação social.
Foto: Divulgação/ Roger Medeiros
A Bienal também homenageia o poeta pantaneiro Manoel de Barros, símbolo da literatura sul-mato-grossense, e recebe convidados de nove estados brasileiros e três países da América do Sul: Paraguai, Argentina e Colômbia.
Em visita a Campo Grande, o jornalista Pedro Bial esteve no evento e elogiou a iniciativa. “Desejo vida longa, antes de mais nada, que de dois em dois anos a Bienal se torne uma referência, não só para o Mato Grosso do Sul, mas para todo o Brasil. Desejo que ótimos negócios sejam realizados. Desejo que a Bienal gere não só conhecimento e beleza, mas prosperidade (…). Que a gente entenda que um livro e a literatura são obras artísticas, mas também produtos culturais necessários para a gente construir aí o nosso projeto de nação”, disse em vídeo publicado nas redes sociais da feira.
A Bienal Pantanal funciona das 9h às 21h durante a semana e das 10h às 22h aos fins de semana. A entrada é gratuita, mas algumas atividades em auditórios exigem retirada prévia de ingressos devido à limitação de lugares.
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