Da busca por uma nova atividade, surgiram canecas, pratos de parede, bules e até colares
O projeto Copa de Barro, da designer gráfica Marina Torrecilha Cardoso, 30 anos, surgiu em meio à pandemia e ao isolamento social forçado. No trabalho, que é preciso criatividade, manter o ritmo se tornou difícil. Em busca de algo que poderia ser feito dentro de casa, relembrou do tempo de faculdade e das aulas com argila e decidiu dar continuidade ao projeto.
Durante a quarentena, foi a primeira vez que deu início a um trabalho mais frequente com argila, fora da faculdade. Antes, apenas tinha “brincado” com o material, no processo de criação de alguns personagens. E com um punhado de argila e a vontade de criar, as primeiras canecas ganharam formato.
“Elas surgiram esse ano, de forma terapêutica, quando a pandemia cada um reagiu de uma forma diferente e eu me senti totalmente sem inspiração no trabalho. Foi nesse momento que eu encontrei argila e quando eu comecei a mexer com água, barro e veio aquela sensação gostosa de estar próximo a natureza, eu voltei a me sentir de volta com a minha identidade”, contou.
Porém, de início as peças eram produzidas para ficar em casa. Mas a notícia de que o Pantanal estava em chamas e de que as instituições, como o Instituto Comitiva Esperança, buscavam uma forma de arrecadar dinheiro, comoveu Marina, que decidiu comercializar suas canecas.
“Foi desse momento de fragilidade que o nosso Pantanal estava que decidi comercializar as canecas para conseguir realizar doações mensais. E, com isso, a marca Copa de Barro nasceu. Foi nesse período em que fiz as canecas da onça, depois da arara-azul e da vermelha. E tudo de forma lúdica, foi muito simples, em que eram os meus prazos, minha produção e as coisas começaram a ser muito boas”, revelou.
(Confira mais na página B3 da versão digital do jornal O Estado)