A flor da pele

SoulRa

“Autoral do Mato” é o novo projeto da cantora e rapper sul-mato-grossense SoulRa. O pocket show da artista, lançado no domingo (13), conta com músicas de sua composição e de convidados, que tratam de pautas como racismo, machismo e desigualdade social. O projeto procura valorizar a produção artística autoral local, interiorana e alternativa, além de mostrar ao mundo quem é SoulRa.

Batizada como Raissa Sousa Carvalho, a douradense escolheu o nome artístico como sua marca. “Simboliza essa união de ‘alma’, que é a arte na minha vida e o Ra, do meu nome”, destaca a rapper. Com 25 anos de idade e dois de carreira, ela busca expandir sua música para além das fronteiras de sua cidade e Estado.

O pocket show conta com oito canções compostas pela artista e outras duas de autoria de Giani Torres e da Fernanda Ebling, que cantaram junto de SoulRa na gravação. A direção de arte e cenografia são de Lizziane Machado e Tatiana Varela. O projeto foi produzido com recursos da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, que apoia artistas no momento de pandemia, uma iniciativa do governo do Estado e da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

De acordo com a artista, o novo projeto vem com a vontade de impulsionar e divulgar a cena cultural e autoral de Dourados, que embora muito forte ainda é pouco conhecida. “Convidei duas artistas, Giani e Fernanda, também compositoras e interioranas de muita relevância, que sempre foram referências para mim e graças a arte se tornaram minhas amigas. Quis trazer esse protagonismo feminino”, fala SoulRa.

Ela destaca que seu processo de criação aflora no cotidiano, sem um padrão. “Às vezes me sento com o violão e escrevo uma música toda de uma vez. Outras, me veem ideias, rimas, enquanto estou fazendo qualquer outra coisa e eu abro o bloco de notas e registro ou gravo determinada melodia”, comenta.

SoulRa teve muita influência da música popular brasileira, por causa dos pais, mas foi no rap e na cultura hip-hop que encontrou seu lugar. Cresceu assistindo a batalhas de freestyle, onde hoje realiza seus shows. “O rap é a arte da realidade, que não maquia, que fala de amor também, que denuncia, que trata de todos os assuntos que atravessam a nossa sociedade com o compromisso da verdade. É uma arte sincera, transgressora, incensurável.”

(Confira a matéria completa na página C1 da versão digital do jornal O Estado)

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