Integrantes da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), unidade Mundo Novo, se reuniram com pesquisadores do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em dezembro para formalizar uma parceria internacional no campo científico entre as instituições de ambos os países.
Os pesquisadores sul-mato-grossenses e estadunidenses alinharam a realização de um projeto de pesquisa de longo prazo para avaliar o uso de diferentes resíduos agrícolas e industriais para a produção de fertilizantes organominerais e seus efeitos na qualidade física, química e biológica do solo – isto visando a produtividade das culturas agrícolas, os impactos na emissão de gases de efeito estufa e a estocagem de carbono no solo (sequestro de carbono).
A temática está alinhada às principais políticas públicas estaduais para gestão ambiental, dentre o Plano Estado Carbono Neutro em 2030 – apresentado pelo governo de MS na COP26 (26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) – e os resultados positivos na adesão às campanhas “Race to Zero” e “Under2Coalition”.
De acordo com o professor doutor Tiago Zoz, “existe a preocupação de avaliar os efeitos da substituição dos fertilizantes minerais por fertilizantes organominerais, principalmente no que tange a melhoria da qualidade dos solos e o seu impacto na emissão de gases de efeito estufa”. Ainda, como o Brasil vem passando por uma crise no fornecimento de fertilizantes minerais, o estudo pode fornecer fontes alternativas viáveis de fertilizantes.
“Parceria inédita com os EUA, o projeto tem um tema de importância no cenário mundial: a captura de carbono e mitigação das emissões de gases de efeito estufa, além de tentar solucionar um problema atual que é a falta de fertilizantes”, ressalta Zoz.