Ministério define prazo para “vazio sanitário” da soja em MS e outros 19 estados

Safra
Foto: Divulgação/Governo de RO

O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) publicou no DOU (Diário Oficial da União) de hoje (3) uma nova portaria que estabelece os períodos do chamado “vazio sanitário” para a cultura da soja em nível nacional. Em Mato Grosso do Sul, a temporada se estende por três meses, de 15 de junho a 15 de setembro.

De caráter fitossanitário – isto é, no intuito de preservação/defesa dos vegetais –, a medida é adotada com o objetivo de ajudar no controle da ferrugem asiática da soja, ocorrência causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Em resumo, trata-se de uma das “mais severas doenças que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estádio fenológico”, informou o Mapa. Atualmente, é uma das maiores preocupações dos produtores brasileiros.

O fungo foi relatado em níveis epidêmicos, de caráter transitório (ataca um grande número de indivíduos em determinada localidade), onde os danos variam de 10% a 90% da produção. O vazio sanitário é o período contínuo, de no mínimo 90 dias, em que não se pode plantar nem manter vivas as plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento.

Impactos negativos

O objetivo da medida, conforme manifestado na portaria, “é reduzir ao máximo possível o inóculo da doença, minimizando os impactos negativos durante a safra seguinte”. A técnica, adotada até então por 14 estados produtores de soja pelo prazo de 60 dias, passa a ser utilizada por 21 unidades federativas durante 90 dias, de forma a aumentar os seus efeitos.

Principal produto de exportação brasileira, a soja teve, em 2021, uma produção de 134 milhões de toneladas, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Só no Mato Grosso do Sul, esse quantitativo ficou em 12,77 milhões de toneladas do insumo na safra 2020/2021, com uma produtividade média estimada é de 56,38 sacas por hectares.

(Fonte: Agência Brasil)

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