Mato Grosso do Sul lidera ranking de integração lavoura pecuária e floresta

Gado no Panatanal
Foto: Edemir Rodrigues/Semagro

Mato Grosso do Sul figura na primeira posição no ranking nacional em áreas com ILPF (Integração Lavoura Pecuária e Florestas). Dados divulgados pela Associação Rede ILPF, mostram que o Estado possui 3,3 milhões de hectares de áreas de criação de bovinos em pastagens à sombra de eucaliptos, ou alternando soja e milho com braquiária ou outros capins.

Conforme a Semagro, esses números representam um crescimento de 17,2% nos últimos dois anos, do sistema ILPF nas propriedades rurais de MS.

Para o secretário da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Produção, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar), Jaime Verruck o bom desempenho do Estado é decorrente da política estratégica de desenvolvimento sustentável implementada pelo Governo do Estado, que visa tornar Mato Grosso do Sul um Estado Carbono Neutro até 2030.

“O investimento em pesquisa e inovação tem permitido a intensificação da pecuária, com a adoção de boas práticas de produção e novas tecnologias. Não são todas as propriedades que têm a integração entre lavoura, pecuária e floresta. Elas podem ter pecuária e floresta que também é bastante comum. Mas nos últimos anos vimos esta intensificação e inserção de lavouras dentro desse processo de integração com as florestas”.

Por meio do ILPF são rentabilizadas a produção agrícola, pecuária e florestal. Verruck explica que o avanço da pesquisa de integração no setor pecuário contribuiu para o desempenho. “Nós tivemos todo um desenvolvimento da pesquisa principalmente da pecuária. O estado foi pioneiro no estabelecimento da carne Carbono Zero e da Carne Carbono Neutro que são produzidas através de sistemas de integração. Esse é um outro ponto fundamental para as áreas de pecuária. E muitos produtores nessas áreas mantiveram também a sua atividade pecuária. Então isso promoveu uma intensificação extremamente positiva dos sistemas. O outro é a própria demanda florestal do estado de Mato Grosso do Sul. Temos avançado muito em florestas. Existe uma demanda muito forte por eucalipto tanto na celulose, como em outras atividades de geração de biomassa”, disse.

Jaime Verruck ressalta que a liderança de Mato Grosso do Sul no ILPF é resultado de diversos fatores como o posicionamento do produtor em tecnologia, a disponibilidade de crédito, pesquisas e a sinalização positiva e de apoio da Semagro em relação aos sistemas de produção.

“Acho que esse conjunto de fatores fez com que a gente avançasse. E o sistema de integração lavoura pecuária floresta é estratégico no direcionamento principal de equilibrar e neutralizar a própria emissão de carbono, como é o caso da carne de carbono neutro e a carne de baixo carbono. Então a lógica exatamente do sistema de integração é da melhoria da produtividade, da renda e da sustentabilidade”, finalizou.

(Com assessoria)

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