A Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) está ampliando as parcerias para o desenvolvimento da pecuária sustentável do Pantanal. A meta é evidenciar a carne pantaneira, o diferencial da sua produção e ganhar mercados consumidores cada vez mais exigentes, propiciando melhor remuneração para os produtores.
Atualmente, no Estado são abatidas de 50 mil a 70 mil cabeças de gado por ano, com a certificação de sustentável, índice que equivale de 5% a 7% dos abates anuais no Pantanal.
Para ser considerado sustentável, além da identificação desde o nascimento, indicando quem é a mãe, o boi não pode ser alimentado, em nenhuma fase da vida, com rações que contenham agrotóxicos como – milho soja, sorgo, nem receber antibióticos. Desta forma, o tratamento preventivo só pode ser feito com homeopatia e fitoterapia e o rebanho deve ser criado em áreas sem desmatamento ilegal.
O secretário da Semadesc, Jaime Verruck explica que o objetivo é alavancar ainda mais o projeto de carne de produção sustentável e orgânica do Pantanal. No qual, é um dos caminhos para se obter em 2030, o Estado Carbono Neutro atendendo a proposta de Governo de Eduardo Riedel.
Durante a reunião com Verruck para discutir ações que possibilitem o avanço do projeto de carne sustentável e orgânica do Pantanal, o presidente da ABPO-MS (Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável), Eduardo Cruzetta menciona que realmente a partir do momento que o Governo do Estado estabeleceu os incentivos fiscais para produção da carne sustentável se criou um novo ecossistema de produção viabilizando a pecuária pantaneira.
Mercado
Na reunião ainda foram debatidos no âmbito da ciência e tecnologia e inovação e do desenvolvimento estratégias para consolidar a carne do Pantanal como um produto diferenciado de maior valor agregado.
Jaime informa que “a ideia é que a gente discuta exatamente uma linha de trabalho do marketing de divulgação dessa carne, visando que os consumidores reconheçam esses valores da carne e possamos obter melhor remuneração aos produtores”.
Uma das ações, conforme o secretário, será a realização neste ano de um evento para divulgar a carne pantaneira sustentável.
Por Marina Romualdo – Jornal O Estado do MS.
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