Hoje (1), é comemorado o Dia Mundial do Leite. Em Mato Grosso do Sul a cadeia produtiva do produto busca melhorar a eficácia e eficiência de sua produção, que conta com mais de 60 laticínios com inspeção e cerca de 20 mil produtores de leite.

Em todo o estado, três polos de produção de leite se destacam pelo volume produzido, presença de indústrias lácteas, comércio de insumos e assistência técnica, sendo eles Leste, Centro e Sul, com um total de 31 municípios, que são responsáveis por mais de 70%.

A Semagro (Secretaria de Estado de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar) está realizando até o dia 5 de junho, a Semana Sul-Mato-Grossense do Leite, com o objetivo de divulgar as ações da cadeia produtiva. Estão programadas palestras, capacitação de produtores e doação de leite por parte da entidade, em uma ação conjunta com as lojas da Rede Comper.

Confira a programação:

Foto: Divulgação

O zootecnista e coordenador de Pecuária da Semagro, Orlando Serrou Camy Filho, explica que os produtores de leite do estado enfrentam a alta constante do custo de produção desde 2020, impactando fortemente o setor com a redução da produção.

“As indústrias têm acompanhado o movimento de aumento de preços no mercado doméstico do País e efetuado reajustes sucessivos nos valores do leite pago ao produtor. No entanto com a redução do poder de compra dos consumidores, em consequência dos problemas causados pela pandemia, os custos de produção continuam elevados e pressionando a margem de lucro tanto de produtores quanto das indústrias”, explica o coordenador.

Ele ainda lembra que o 1° trimestre foi melhor na relação de troca entre insumos para alimentar os animais e quantidade de leite, em litros, diferente do ano passado, quando a relação de troca foi algo decisivo para que produtores saíssem da atividade. “Muitos não conseguiram adequar o sistema de produção à nova realidade de mercado”, pontuou.

Nos últimos sete anos, diversos produtores apresentam dificuldades para manter a produção de leite, e além da redução do número de produtores, foi registrada uma queda de mais de 48% no volume captado, e chegando ao final de 2021 com cerca de 200 milhões de litros de leite ao ano.

Já no primeiro trimestre de 2022, a produção de leite foi menor que no mesmo período de 2021, o que refletiu os elevados custos do setor, mesmo com aumento dos preços pagos ao produtor.

Ações 

Em 2021, a Semagro e a Sefaz (Secretaria de Estado da Fazenda) implantaram o Índice do Leite MS, um indicador oficial da variação de preços de uma cesta com 4 produtos, que representam mais de 90% do mercado estadual. Todo mês os produtores tem mais uma opção de referência para negociar o valor pago ao produtor.

O secretário da Semagro, Jaime Verruck, destaca que programa Pró-Leite, Plano Estadual para Desenvolvimento da Bovinocultura Leiteira, terá diversas ações nas áreas de sanidade, assistência técnica, reprodução, índice de referência e incentivos financeiros aos produtores de leite. Esse programa prioriza os 22 municípios, que representam cerca de 60% da produção do produto. “Nossa meta é garantir a melhoria na produtividade ajudando a elevar a renda dos produtores que atuam fortemente na agricultura familiar”, finalizou Verruck.

Com informações do Portal do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.

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