Abertura da colheita do milho aponta crescimento de 12% em relação a 2024

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De acordo com dados da Companhia de Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados no 9º Levantamento de Safra, a segunda safra apresenta números recordes, com área de 17 milhões hectares e expectativa de colheita de 96,3 milhões de toneladas do grão, um incremento de 12% em relação ao ciclo anterior. A produção brasileira do cereal, considerando as três safras, deve atingir 125,7 milhões de toneladas, representando boa parte do total de grãos produzidos no país, estimado em 315,8 milhões de toneladas.

Com debate sobre a atual conjuntura política, perspectivas para o agronegócio brasileiro e o cenário do milho a curto prazo, a colheita nacional da segunda safra de milho foi oficialmente lançada, ontem na cidade de Cláudia/MT. O evento foi promovido pelo projeto Mais Milho, realizado em uma parceria da Associação Brasileira dos Produtores de Milho – Abramilho, Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso – Aprosoja/MT e Canal Rural.

Na oportunidade, o presidente da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul – Aprosoja/MS e conselheiro fiscal da Abramilho, André Dobashi, participou de um painel técnico e ressaltou que os custos de produção são desafiadores para quem produz e por isso, precisam ser analisados com cautela. “Sempre que a gente atrela o custo do insumo ao produto, por exemplo, custo da semente com a saca de milho, tonelada de fertilizante com a saca de milho, entramos na composição correta do custo, então o barter nessa hora é muito importante”, explicou.

Dobashi reforçou ainda que, o armazenamento de grãos é um problema a nível nacional, deixando o produtor suscetível às movimentações de mercado, que nem sempre são favoráveis à comercialização de commodities agrícolas. Por isso, uma rotação de cultura eficiente, com a adoção de plantas alternativas, como amendoim, feijão, sorgo, trigo, pode ser uma alternativa para melhorar o escoamento da produção, com preços de comercialização mais atrativos, proporcionando ao produtor rural uma capitalização semelhante à do cereal.

“É para mais produtividade, mais rentabilidade, mais eficiência do produtor e não somente produção”, disse o diretor executivo da Abramilho e apresentador do Canal Rural, Glauber Silveira, se referindo à história do projeto Mais Milho. O presidente institucional da Abramilho, Otávio Canesin disse que o sucesso na produção de grãos do Mato Grosso, que representa cerca de 40% da produção nacional de milho se deve ao empenho dos produtores, aliado aos projetos que impulsionam e discutem os gargalos da produção.

O presidente da Aprosoja/MT, Fernando Cadore ressaltou que, inicialmente o milho era apenas um compositor de renda e hoje é uma potência tão grande quanto a soja. Porém, a linha tênue que há entre lucros e prejuízos exige estudos precisos de viabilidade da cultura para manutenção da renda do produtor e movimentação da economia local. O evento reuniu representantes de instituições do setor agrícola, políticos, técnicos e produtores rurais.

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