Foi divulgado ontem (3), o Boletim Siga MS circular 455 produzido pelo Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), que trouxe dados sobre a 2° safra do milho 2021/2022. A expectativa de área plantada é de 1,992 milhão de hectares, uma retração de 12,6% em relação a safra de 2020/2021. A produtividade estimada é de 78,13 sacas por hectare, produção de 9,34 milhões de toneladas.
Estiagem
Em relação ao clima, a última semana de abril foi marcada por estiagem em todo estado. Grande parte da safra se encontra em pendoamento VT (quando o último ramo do pendão está completamente visível e os “cabelos” ainda não emergiram) e grão bolha d’água R2 (quando o “cabelo” do milho escurece e começa a secar). O estresse hídrico ainda pode provocar danos severos a produção, e mesmo com o plantio antecipado, a safra tem chances de enfrentar diversas irregularidades climáticas.
Condições das lavouras
Segundo os técnicos de campo da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), cerca de 78% das lavouras de milho do estado estão em condição “bom”, 11% “regular” e 11% “ruim”. A classificação segue alguns critérios, como por exemplo, para ser classificado como “bom”, a lavoura possuir plantas viçosas e sem nenhuma praga ou amarelamento. Para ser considerada “regular”, devem ser encontradas poucas moléstias por praga, e pequenos amarelamentos, e para ser “ruim”, devem ter alta infestação de pragas, enrolamento das folhas dentre outros defeitos.
As regiões que melhor apresentaram condições de lavoura de milho foram Nordeste, com 100% de classificação “bom”, Oeste com 90% e Centro com 88%. Entre as piores temos o Sudeste, com 83% das lavouras em condição “ruim”, e a região Sul-Fronteira com 34% em classificação “regular”.