O presidente Jair Bolsonaro reagiu na manhã desta terça-feira (15) a propostas formuladas e divulgadas por sua equipe econômica e declarou que até o final de seu mandato, em 2022, “está proibido falar a palavra Renda Brasil”. O programa seria lançado para aglutinar diversos benefícios sociais. Bolsonaro afirmou que o governo federal vai manter o Bolsa Família, criado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Bolsonaro deu a declaração depois de o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, informar em entrevista concedida ao G1 que a equipe econômica estudava alterações no seguro-desemprego para viabilizar o Renda Brasil. As mudanças seriam uma forma de poupar recursos.
Rodrigues também defendeu no último domingo (13) que aposentados e pensionistas ficassem sem aumento por dois anos. A medida também seria usada para gerar economia e viabilizar o Renda Brasil.
Bolsonaro afirmou que acordou “surpreendido” na manhã desta terça-feira pelas notícias dos jornais, que informavam nas manchetes sobre os planos da equipe econômica.
O presidente declarou que “jamais” vai “tirar dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos”. Ele ainda afirmou que daria “ cartão vermelho” para quem propusesse tais medidas.
“É gente que não tem o mínimo de coração, não tem um mínimo de entendimento de como vivem os aposentados do Brasil. Da onde veio? Pode ser que alguém da equipe econômica tenha falado sobre esse assunto. Pode ser. Mas por parte do governo jamais vamos congelar salários de aposentados, bem como jamais vamos fazer com que o auxílio para idosos e pobres com deficiência seja reduzido por qualquer coisa que seja”, afirmou.
As declarações do presidente provocaram mudanças na agenda do ministro Paulo Guedes (Economia), que foi chamado ao Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo. Guedes adiou sua participação num evento na manhã desta terça-feira para encontrar Bolsonaro.
Declaração do presidente ao vivo no Facebook
(Com informações: Poder 360)