A pesquisa mensal realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) identificou que, em Campo Grande, o custo dos itens básicos da cesta alimentícia ficou 0,97% mais caro em agosto, impulsionado pelo aumento de 31,85% no preço do óleo de soja. Segundo o departamento, além do óleo de soja, cujo preço médio para a garrafa de 900 ml foi de R$ 4,69, produtos como arroz (13,61%), carne bovina de primeira (8,89%), leite integral (7,17%), pão francês (5,35%), farinha de trigo (3,92%), tomate (3,32%) e café (0,35%), também contribuíram para o encarecimento da cesta.
Em contrapartida, alguns itens ficaram mais baratos, e foram eles os que ajudaram a minimizar os impactos econômicos provocados pela curva ascendente de valores observada nas últimas semanas. A redução mais expressiva foi observada no preço do feijão carioquinha (-25,53%), sendo R$ 6,74 o preço médio do pacote de 1 quilo do grão. Produtos que registraram redução de preços em relação ao mês anterior: banana (-12,21%), batata (-11,78%), açúcar (-3,29%) e manteiga (-0,39%).
De acordo com o levantamento, o valor da cesta no período atingiu os R$ 484,46. Valor que, para a cesta básica para uma família, composta por quatro pessoas, subiu para R$ 1.453,38. Mesmo que a variação mensal tenha sido significativa, o índice é ainda maior, quando comparado com os resultados do ano passado, 7,64%. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação foi de 18,71%. Quando se observa a jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica, atualmente, é de 101 horas e 59 minutos. Já no comprometimento do salário-mínimo líquido a porcentagem é de 50,12% (aumento de 5,67 p.p. em relação a julho).
Variação de 100,60%
Levantamento trimestral realizado pela Procon- -MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) identificou que em Campo Grande o óleo de soja pode variar até 100,60% no caso do óleo de soja da marca Liza 900 ml, já que foi encontrado por R$ 4,98 no supermercado Comper e custando até R$ 9,99 no supermercado Pag Poko. A tendência de alta se confirmou ainda se comparados os preços aplicados no trimestre anterior, com alta de 37,25%.
Para a superintendência, mesmo que com uma diferença menor no comparativo dos preços aplicados na Capital, entre os dias 17 e 26 de agosto, para o óleo da marca Concórdia 900 ml foi de 22,19%, sendo o mais barato, custando R$ 4,89, e o mais caro R$ 5,99. Além disso, outra marca pesquisada foi o óleo da marca Soya 900 ml, cuja variação foi de 8,08%, vendido a R$ 4,95 e a R$ 5,35.
Em julho o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) já apontou o óleo de soja como um dos vilões da cesta básica após apresentou alta em 15 capitais, com destaque para Campo Grande (6,22%). Contudo, no acumulado, o preço do litro de óleo de soja subiu 0,93%, saindo de R$ 3,02 em maio para R$ 3,56 em julho.
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(Texto: Michelly Perez)