Parte do Partido dos Trabalhadores (PT) quer a exclusão da chapa de vereadores e a outra a expulsão da sigla. Esta é a situação do único vereador petista de Campo Grande, Ayrton Araújo, após se manifestar a favor da manutenção do veto total do prefeito Marquinhos Trad (PSD) ao Projeto de Lei nº 9.804/20.
O projeto visa ao pagamento de insalubridade a trabalhadores da linha de frente no combate à COVID-19 e teve o veto total mantido na terça-feira (18). O presidente do diretório municipal do PT de Campo Grande, Agamenon Rodrigues, avisou que hoje, às 19h, começa a abertura do processo disciplinar porque, segundo o regimento da sigla, é preciso ouvir as partes envolvidas.
“Temos de ouvir o vereador. Ele tem de dar explicações do motivo de tomar essa decisão, contrariando todas as orientações do partido, colocando a sigla neste constrangimento. Ele sabia que não poderia votar com o bloco do governo, ligado ao prefeito”, informou. Agamenon disse que melhorar as condições dos trabalhadores da linha de frente ao combate da COVID-19 é uma defesa que o PT tem feito no Brasil inteiro.
“Defendemos em todas as Câmaras de Vereadores, em todas as Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional. Temos defendido diuturnamente esta pauta para dar melhores condições aos trabalhadores de saúde e aqui não poderia ser diferente. Na primeira votação ele votou à favor do projeto e não sabemos o motivo de ter votado contra ontem. Ele terá que se explicar”, destacou.
Para o presidente, o caso é simples, pois o prefeito não quer dar essa insalubridade. “Ele teria de ter votado pela derrubada do veto. Ele teria que cumprir as orientações do partido. Hoje vamos definir as sanções que caberão ao caso grave praticado por ele. É desobediência partidária. Tem setores pedindo a exclusão da chapa da eleição e outros pedindo a expulsão do partido. Isso será avaliado.
(Texto: Rafael Belo)