(Filipe Gonçalves)
Project Power lançado em 14 de agosto pela Netflix é um filme de ação com Jamie Foxx, Joseph Gordon-Levitt e Rodrigo Santoro. O filme se divide entre uma trama dramática envolvendo o personagem de Jamie e Dominique Fishback, o longa se desenrola em torno de uma nova droga desenvolvida a partir de DNA de animais que dão poderes sobre humanos por cinco minutos. O objetivo é tentar deter uma associação que tenta produzir em massa os comprimidos para que gere pequenos exércitos pelo mundo.
As atuações por parte de Jamie e Dominique são bem coerentes com aquela realidade e eles demonstraram muita vontade de que esse projeto dê certo, por vezes é evidente algumas cenas que muito provável foram improvisadas. Esse elo que vai se fechando ao longo do filme entre os dois é algo bastante orgânico e bem palpável para quem está assistindo, em certos momentos é possível se importar de verdade com os personagens.
Já a dupla Dominique Fishback e Joseph Gordon-Levitt não funciona tanto, eles são bem forçados, desde a primeira cena até algumas forçadas nesse relacionamento soam plásticas demais. Como podemos imaginar, nessas produções o roteiro é algo que não importa muito. São vários furos, diálogos expositivos sobre ações que estamos vendo na tela e até mesmo reforçando ideias tentando dar um arco dramático forçado como de Dominique, que desde o início tenta emplacar o desfecho de seu arco que é ser cantora de Hip-Hop, isso fica mais do que na cara, mas o filme joga a ideia a exaustão. A história capenga até o fim com desfechos meio preguiçosos e até mesmo clichês ao extremo, Rodrigo Santoro acaba com um papel que parece ter alguma relevância no começo mesmo entregando diálogos batidos acaba tendo um desfecho a quem pela presença do ator.
Os efeitos visuais são bem convincentes no que diz respeito à transformação dos atores, não vemos por completo o leque de poderes, mas os que parecem ser os mais fortes como uma espécie de tocha humana no personagem de Machine Gun Kelly, o que parece também que cada pessoa pode usar um único poder quando é assimilado por seu DNA. As sequencias de ação por mais que sejam bastante competentes são um pouco desorientadas, a geografia do ambiente nem sempre são claras deixando o espectador desorientado, os planos tomam um direcionamento épico demais no começo introduzindo os personagens com pouca intensidade.
A direção dupla de Henry Joost e Ariel Schulman que parecem trabalhar juntas em outros filmes mostra um certo amadorismo e cuidado em certos ponto mas acerta bastante, o que faz desse filme uma ótima pedida para aqueles que buscam entretenimento apenas. A ação embora descontrolada em algumas cenas com certeza vai divertir aqueles amantes de uma porradaria.
Confira o trailer: