As farmácias faturaram 7,74% a mais no 1º semestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019. O setor movimentou R$ 27,4 bilhões de janeiro a junho de 2020, contra R$ 25,4 bilhões nos mesmos meses do ano passado.
Os dados foram compilados pela FIA-USP (Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo) e enviados pela Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias).
A alta foi impulsionada pelos remédios que não precisam de prescrição médica e os que estão disponíveis nos balcões, como as vitaminas. O crescimento nesse segmento foi de 20,79%. Os medicamentos gerais ficaram em 2º lugar (alta de pouco mais de 9%), seguidos dos genéricos (8%) e itens de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (4,91%).
O CEO da Abrafarma, Sergio Mena Barreto, disse em nota que “os consumidores se deram conta que pacientes com comorbidades correm maior risco de óbito por covid-19. Como legado da crise, esperamos que haja mais consciência por parte do usuário crônico de que é importante manter seu tratamento em dia”.
Apesar da alta, os números de 2020 fazem com que o setor volte ao patamar de 2018 em termos de aceleração. Na comparação entre o 1º semestre de 2019 e o de 2018, o crescimento foi de 9,7%. Já entre janeiro e junho de 2018, comparado com o mesmo período de 2017, a alta foi de 7,54%, semelhante ao valor divulgado agora.
Barreto acredita que a desaceleração ocorreu por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus. Para ele, o resultado é explicado pelo fato de muitas farmácias estarem em áreas de shoppings e escritórios comerciais, afetadas pelo isolamento social. “Perderam vendas para farmácias de periferia das cidades”, disse.
(Texto: Poder 360)