Audiência para discutir lockdown ocorre hoje

A ação da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul que pede lockdown em Campo Grande será debatida hoje com representantes da prefeitura. A audiência antes de uma decisão foi determinada pelo juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, que é quem está cuidando do processo. A discussão do caso está prevista para ocorrer às 13h30, com a presença de representantes do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e da Junta Comercial de Campo Grande.

A ação pedindo o fechamento total dos serviços não essenciais veio da Defensoria Pública, que argumentou com o aumento expressivo de casos e internações em leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) na Capital. A medida é polêmica, ainda mais por ter se tonado um assunto judicializado. Além do prefeito Marquinhos Trad, que não vê necessidade de aplicar um lockdown na cidade neste momento, entidades ligadas ao comércio, como a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), também se mostraram contra a medida. Juristas ouvidor pelo jornal O Estado também questionaram o poder de decisão do Judiciário sobre a questão.

No entanto, favoráveis à decisão estão autoridades e entidades ligadas à saúde como é o caso do secretário estadual, Geraldo Resende, do infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Júlio Croda e de outros setores. Ontem (6), o Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) divulgou uma nota em favor do lockdown na cidade, afirmando que a medida serve para proteger a população e evitar um colapso no sistema de saúde. O Sioms (Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul) também manifestou apoio à medida pedida pela Defensoria. Favorável ao confinamento também foi o Slam Camélias, grupo artístico formado por mulheres da Capital.

(Texto: Raiane Carneiro/Publicado por João Fernandes)

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