Mais de R$ 5,3 milhões em recursos do Estado vão ser investidos fortalecimentos de pequisas e inovação em Mato Grosso do Sul. Nesta semana os 100 bolsistas de mestrado e doutorado inscritos no último edital da Fundect (Fundação de apoio ao desenvolvimento do ensino ciência e tecnologia) começam a receber a primeira parcela das bolsas. O pagamento será depositado na conta dos bolsistas todos os meses, de acordo com prazo de duração dos projetos.
A Fundect disponibiliza bolsas de estudo nas mais diversas áreas, entre elas estão: Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Agrárias, Humanas, Exatas da Terra, Educação, Ciências Sociais, Engenharia, Linguística e Biotecnologia.
O professor doutor da UCDB, biólogo Otávio Franco, que coordena a pesquisa de 12 bolsistas da Fundec, considerado pela CNPQ como um dos coordenadores de mais alto nível (1ª) no País, sabe muito bem a importância de se ter um incentivo econômico do governo para projeto e pesquisas. “Fui bolsista a vida toda e sem ela não teria chegado até aqui”, confessa. Em sua opinião a bolsa é um investimento mais que essencial para desenvolver a ciência e a tecnologia. “E sem isto não existe País”, enfatiza.
Os bolsistas precisam de tempo integral para dedicar aos seus projetos e pesquisas. Ou seja, não dá para trabalhar e estudar ao mesmo tempo, por isto muitos desistem. Quando se trata de universidade particular, parte deste recurso vai para o pagamento do curso. Instituições como a UCDB dão descontos para quem tem bolsa de estudos. “Com o recurso o estudante pode se dedicar exclusivamente ao curso sem preocupar inclusive com a sobrevivência no dia a dia”, atesta.
Além do enorme investimento feito pelo Governo do Estado, mais editais serão abertos em parceria com o Confap (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa), CNPQ e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Por meio da Fundect, Mato Grosso do Sul participa como co-financiador das chamadas: PELD (Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração) no qual disponibilizará até 200 mil reais em recursos a projetos de pesquisa ecológica em ecossistemas brasileiros, e que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico do país.
O outro edital em parceria com a Fundect é do PROTAX (Programa de Apoio a Projetos de Pesquisas para a Capacitação e Formação de Recursos Humanos em Taxonomia), com investimentos de até 400 mil reais. A Taxonomia Biológica envolve grupos botânicos, zoológicos ou microbiológicos, com destaque para as pesquisas destinadas ao conhecimento dos microorganismos (fungos e bactérias), importantes para resolução de questões relativas à saúde humana e ambiental. (Mais informações sobre os editais estão no site da Fundect)
Resultados
Na biotecnologia, área de atuação do coordenador, professor doutor Otávio Franco, os resultados são extremamente animadores. Já foram feitas, por exemplo, de 30 a 40 descobertas de antiinfectivos humanos e animais. A fase ainda é de testes, mas a intenção é transformar as descobertas em produtos. “Ainda não conseguimos chegar ao mercado, mas estamos tentando”, conclui o professor, destacando que a produção científica de Mato Grosso do Sul é extremamente promissora.
(Texto: João Fernandes com assessoria)