A SES (Secretaria de Estado de Saúde) tem buscado ampliar o número de testes para o novo coronavírus em Mato Grosso do Sul, porém, com o aumento nos casos, o Lacen-MS (Laboratório Central de Saúde Pública) continua operando em sua capacidade máxima e, por conta disso, os testes de RT-PCR têm levado mais de 72 horas para terem resultado.
No início da pandemia, os resultados saíam em média 48h. Na tentativa de melhorar o tempo de espera, o governo do Estado, que já conta com uma parceria com a Fiocruz, avalia uma nova proposta: de terem as amostras analisadas por laboratório da rede particular, localizado em São Paulo.
As medidas vêm para acelerar o processo de identificação dos casos do novo coronavírus, já que o Lacen atende a Capital e todos os outros 78 municípios do Estado. De acordo com diretor do Lacen- -MS, Luiz Henrique Ferraz Demarchi, a nova parceria ainda está em processo de trâmite, já que o laboratório está sendo contratado por meio de uma iniciativa público-privada pelo Ministério da Saúde e deve atender a todos os estados da Federação. “Essa parceria com o laboratório Dasa, que é localizado em São Paulo, está sendo construída com intermédio do Ministério da Saúde, mas é algo que nós ainda estamos conversando, e caso seja implantado, será definido na próxima semana. Essa seria uma parceria semelhante a estabelecida com a Fiocruz”, revelou.
O aumento na demanda levou o laboratório a aumentar o prazo para entrega das amostras, porém, caso seja um paciente que está internado, com sintomas graves, a identificação ocorre em até 24h. “Caso seja firmada [a parceria], o intuito é aumentar nossa capacidade de testagem. Nós iniciamos as testagens, com um tempo de espera de 48 horas, agora passou para 72h, mas, quando se trata de casos mais urgentes, em que a pessoa está internada, nós damos prioridade e esse a resposta vem em até 24h”, destacou.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, Mato Grosso do Sul tem trabalhado para alcançar a marca de estado referência no número de testagens em todo o país. O processo passou a ser ampliado no momento em que a parceria com a Fiocruz foi firmada. “O governo do Estado empresta seu avião toda segunda e quinta-feira, levando amostras para serem analisadas no Rio de Janeiro”, pontuou em entrevista à TV Morena nesta semana.
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(Texto: Amanda Amorim/Publicado por João Fernandes)