Após três meses consecutivos de protestos generalizados contra o governo chinês. A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou nesta quarta-feira (4), a retirada definitiva do projeto de lei de extradição para a China, que permitiria extradição de investigados criminais para o País.
Segundo Lam, uma iniciativa sobre o tema será apresentada quando o Parlamento retomar as atividades. Em declaração gravada e exibida pela televisão, Lam anunciou quatro ações para iniciar o diálogo com os diversos setores da sociedade. “Primeiro, o governo retirará formalmente o projeto de lei para tranquilizar completamente as preocupações da população”, afirmou a chefe do governo.
“Precisamos encontrar maneiras de lidar com o descontentamento da sociedade e procurar soluções”, afirmou. “Depois de mais de dois meses de agitação social, é óbvio para muitos que esse descontentamento já se estende para muito além do projeto de lei”.
Apesar de reconhecer que os manifestantes possuem outras demandas além da suspensão da lei de extradição, Lam se recusou a ceder às outras reivindicações da população, incluindo aos pedidos por maior democracia para a cidade. (João Fernandes com Veja)