Presidente alerta: grana da Fundesporte será devolvida se torneio não acabar em 2020
Apenas três dos oito clubes remanescentes no Estadual de MS estariam lutando sozinhos para o retorno da competição agora, já em setembro. Além de duas dessas equipes terem calendário nacional pela frente, o trio tem uma justificativa mais que plausível para querer a volta: se não acabar neste ano ainda, o dinheiro dado pelo governo do Estado terá de ser devolvido.
Segundo o presidente do Aquidauanense, João Garcia Ferreira, além de seu clube, Águia Negra e Serc também querem o retorno do campeonato de imediato. Seriam, contudo, vozes solitárias junto à FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul).
Aquidauanense e Águia Negra já sabem que voltarão em campo em setembro após a CBF confirmar para aquele mês o início da disputa da Série D.
Ao jornal O Estado, Ferreira disse que o restante dos clubes quer retomar a competição apenas no fim do ano, na passagem de 2020 para 2021, em dezembro e janeiro. “Operário, Comercial, Corumbaense, Costa Rica e Maracaju. Os cinco mandaram uma carta para a federação e manifestaram interesse para jogar em janeiro, manifestações que os dirigentes leram em nossa última reunião”, completou.
Entretanto Ferreira e seus dois companheiros têm um motivo para serem vozes destoantes: dinheiro. Segundo ele, os recursos disponibilizados pelo governo do Estado têm de ser devolvidos se a competição não acabar ainda este ano.
“Marquei uma reunião para o início de agosto com o intuito de discutir com os demais presidentes o retorno do Estadual, resolver a situação e botar os ‘pingos nos is’”, disse o mandatário do Azulão, para quem o clube tem necessariamente que disputar o Estadual de maneira simultânea à Série D. Caso isso não ocorra, existirão problemas.
O Aquidauanense enfrenta o Real Noroeste-ES em uma fase preliminar da Série D e prevê aperto se a disputa estadual não acontecer. “Eu quero que o Estadual seja retomado junto com o início do Brasileiro justamente para formar e trazer para Aquidauana uma equipe forte, com custo com os atletas que vêm de diferentes locais do Brasil. Não tem como disputar o Estadual em dezembro”, concluiu.
(Texto: Alison Silva/Publicado por João Fernandes)
