Aumento de casos de COVID-19 e internações levaram ao adiamento
A retomada das aulas das instituições privadas em Campo Grande foi adiada mais uma vez. A volta estava prevista para o dia 1º de julho, porém, em razão do aumento no número de casos do novo coronavírus em junho, a retomada foi estabelecida para o dia 27 de julho.
O temor do retorno das atividades presenciais se dá pelo crescimento de infectados, sendo que a Capital chegou a 1.446 casos e ocupação alta dos leitos disponíveis na cidade. Mas ainda será preciso averiguar o andamento no número de casos e o percentual da ocupação de leitos, critérios também utilizados nessa primeira avaliação. A decisão ocorreu após uma reunião realizada ontem (24), no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
De acordo com a promotora e coordenadora adjunta do Geduc (Grupo de Atuação Especial de Educação), Vera Aparecida Bogalho, inicialmente, o número de casos em MS estava abaixo da média, com isso foi realizado um estudo que previa a retomada gradativa das atividades, mas, com a mudança no cenário estadual, essa decisão precisou ser revista.
“Houve o aumento do número de casos de COVID e para que a retomada fosse possível era preciso seguir dois critérios: o primeiro, a ocupação dos leitos não poderia ultrapassar os 50%, o que ocorreu e o segundo seria a média de casos de notificações, que antes era pouco mais de mil casos e hoje são mais seis mil [no Estado], então esse não é o momento [de retomar as aulas]”, destacou.
Com a retomada das aulas adiadas, foi estabelecida uma nova reunião para o dia 14 de julho e, para que as escolas possam se organizar, uma possível retomada deve ocorrer apenas no dia 27 de julho. Mas isso não é uma garantia, conforme o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho. Assim como ocorreu com a data prevista para o dia 1º de julho, ainda é preciso realizar o acompanhamento dos casos durante o restante do mês de junho e julho.
A presidente do Sinepe-MS (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de MS), Maria da Glória Paim, revela que, apesar de buscar a retomada, primeiro é preciso seguir as orientações médicas e dos órgãos de saúde. “Nós temos que ter consciência, o trabalho para retomada está sendo realizado com muito diálogo, com apresentação de dados técnicos, portanto, nós precisamos seguir com as orientações dos órgãos”, pontuou.
Manifestação
Pouco antes da reunião realizada ontem (24), pais e donos de instituições de ensino realizaram uma manifestação, com direito a cartazes e até mesmo buzinaço, enquanto pediam a retomada das aulas presenciais. Cartazes com os dizeres “Professores precisam trabalhar”, “Desemprego não” e “Escola aberta criança feliz”, foram espalhados.
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(Texto: Amanda Amorim/Publicado por João Fernandes)