O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agro-Alimentar (SENASA), do governo da Argentina, está alertando a província de Corrientes, na fronteira do estado do Rio Grande do Sul sobre uma nuvem de gafanhotos vinda do Paraguai e que pode atingir as plantações em solo gaúcho. A nuvem é monitorada desde o dia 28 de maio, quando começou a passar por províncias da Argentina.
“Como havíamos previsto, a nuvem de gafanhotos entrou na província de Santa Fé hoje e, depois de percorrer quase 140 km, instalou-se perto da cidade de Lanteri. As nuvens de gafanhotos podem atravessar comunas, vilas ou cidades, mas não causam danos diretos aos seres humanos. Eles podem causar danos a plantações e pastagens, mas não representam riscos para a população”, alertou o Senasa, por meio de seu perfil oficial na rede social Twitter.
Dentro do país, os insetos avançaram da província argentina de Formosa, onde existem muitos produtores de mandioca, milho e cana de açúcar e do Chaco, até chegar finalmente à província de Santa Fé, com indicativos de que chegará em breve em Entre Rios e Córdoba. Na questão do Rio Grande do Sul, existe um alerta específico sobre a província de Corrientes, que faz fronteira com o Oeste do estado brasileiro.
“A espécie é a chamada gafanhoto sul americano (Schistocerca cancellata), que devido às suas características estão agrupadas em nuvens e se alimentam de todos os tipos de vegetação. Assusta e preocupa pelas dimensões que tem”, explica Daniela Vitti, graduada em biodiversidade.
O coordenador do programa nacional de gafanhotos do órgão, Héctor Medina, afirmou que a nuvem se moveu quase 100 quilômetros em um dia devido às altas temperaturas e ao vento.
(Texto: João Fernandes com Agrolink)